domingo, 25 de novembro de 2018

A carreira de Marcel Keizer


Para leitura "domingueira" deixo-vos uma retrospectiva sobre a carreira de Marcel Keizer no mundo do futebol.

Carreira como jogador


Sobrinho de Piet Keizer, lendário extremo do Ajax e contemporâneo de Johann Cruyff, Keizer fez a sua formação no clube de Amesterdão, onde se estreou como jogador profissional. Realizou apenas 4 jogos pela equipa principal do Ajax. Um jogo em 1987/1988 e 3 jogos em 1988/1989, num período em que o PSV dominou o futebol holandês. 


Na época de 1989/1990 transferiu-se para o SC Cambuur da II Liga Holandesa onde esteve durante 9 épocas. Durante este período o Cambuur esteve na I Liga Holandesa em 1992/1993 e 1993/1994. Em 1998/1999 transferiu-se para o De Graafschap da I Liga onde jogou muito pouco, tendo feito apenas 9 jogos. Em 2000/2001 transferiu-se para o FC Emmen da II Liga onde no final da época seguinte acabaria a carreira. No total este médio holandês realizou 329 jogos e marcou 35 golos, não tendo chegado à selecção holandesa ou ganho qualquer título.

O início de carreira como treinador "amador"


Actual estádio do UVS Leiden

Começou a carreira de treinador em 2005 tendo nos primeiros anos orientado várias equipas de terceiro plano no panorama holandês. Começou no UVS Leiden da quinta divisão holandesa onde esteve duas épocas. Na primeira época ficou em 4º lugar tendo na época seguinte conseguido vencer o campeonato subindo o clube à 4º divisão Holandesa. Em 2007/2008 mudou-se para o SV Argon, também das divisões amadoras onde ficou durante 4 épocas (não consegui apurar os resultados). Em 2011/2012 foi para o VVSB Noordwijkerhout onde acabou no 6º lugar na 4ª divisão Holandesa. 

A passagem para os profissionais


A primeira experiência em divisões profissionais
Depois de 7 anos a treinar equipas amadoras, surgiu em 2012/2013 a oportunidade treinar uma equipa profissional: O Telstar da II Liga Holandesa. Acabou a primeira época no 14º lugar e no ano seguinte foi 15º. 

Uma pausa na carreira de treinador


Em 2014/2015 deixou o banco e passou para os gabinetes abraçando o cargo de coordenador técnico do SC Cambuur, clube onde jogou a maior parte da carreira e que nessa época estava na 1ª Liga Holandesa. 

O regresso ao banco


Marcel Keizer apresentado no Emmen

Em 2015/2016 voltou a treinar após o convite do clube no qual acabou a carreira como jogador. O Emmen da II Divisão. Em Fevereiro de 2016 saiu do Emmen e regressou ao SC Cambuur da 1ª Liga Holandesa, assinando um contrato até ao final da época 17/18. Pegou na equipa no último lugar com apenas 13 pontos em 23 jogos. Nos 11 jogos seguintes conseguiu uma vitória, 2 empates e 8 derrotas. Os cinco pontos conquistados nestas 11 partidas não permitiram ao SC Cambuur sair do último lugar do campeonato. 

A passagem pela equipa B do Ajax


Marcel Keizer com Denis Bergkamp aquando da apresentação como treinador da equipa B do Ajax

Apesar da descida de divisão com o Camburr em 2015/2016 foi convidado pelo Ajax para assumir a equipa B durante a época 2016/2017. Terminou a II Liga holandesa em 2º lugar a 4 pontos do campeão Venlo. Nessa época venceu 23 jogos, empatou 7 jogos e perdeu 8 partidas. 

A passagem pela equipa principal do Ajax


Keizer no banco do Ajax

Após a saída conturbada de Peter Bosz, que tinha levado o clube à final da Liga Europa, foi o escolhido para a sucessão ao cargo de treinador principal do Ajax. A época começou muito mal para o Ajax sendo eliminado na 3ª pré-eliminatória da Champions League pelo Nice. De seguida foi também eliminado no playoff da Liga Europa após duas derrotas frente ao Rosenborg da Noruega. Marcel Keiser viria a ser demitido a 21 de Dezembro após ter sido eliminado da Taça da Holanda com o Twente. Na Liga fez 17 jornadas e na altura do despedimento estava no 2º lugar na Liga a 5 pontos do líder PSV. Nestes 17 jogos internos, o Ajax venceu 12, empatou 2 e perdeu 3. 

A primeira experiência internacional



Em Junho de 2018 assinou pelo Al Jazira, dos Emirados Árabes Unidos, clube que deixou no 3º lugar da Liga do Golfo Árabe, com quatro vitórias e quatro empates em oito jogos.

Resta-me desejar a maior sorte do mundo ao novo homem do leme.

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31 comentários:

  1. Chega e sobra para a receita do Varandas.
    Tentar o 2 lugar e vender jogadores.
    È um projecto para ganhar dinheiro e não troféus.
    A "mística" do Soares Franco e P.Bento está bem vincada na estratégia do Varandas.
    Mas foi isto que os sportinguistas escolheram e não foi por falta de aviso..
    SL

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    1. Balakov: A essa hora, nós, sportinguistas, estávamos a ver o SPORTING Vs. Porto no hóquei. O Dr. Varandas, ilustre presidente do SPORTING CLUBE DE PORTUGAL, também lá estava.
      Saudações sportinguistas!

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    2. Primeira vez que vejo alguém apelidar de ilustre a um traidor mas tudo bem.
      Olha tivemos uma coisa em comum enquanto tivemos a ver o jogo, é que eu vi o jogo na Sporting TV por isso podemos dizer que tivemos os dois a usufruir de duas obras da antiga direcção.

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    3. Não foi exactamente assim, Balakov!
      O projecto Sporting TV já estava em marcha antes da direcção presidida pelo Bruno assumir funções. O Bruno teve, de facto, o mérito de melhorar e concretizar o projecto que vinha de trás.
      O pavilhão era um desejo de muitos milhares de sportinguistas! O Bruno, é verdade, construiu o pavilhão. Estamos-lhe agradecidos por isso, mas quem o pagou fomos nós! Calma aí. Também exijo esse reconhecimento. Olha, só na minha família, que é grande e toda sportinguista, contribuiu-se algum...

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    4. Estava em marcha?ou numa gaveta?..
      Esqueci me de outra obra da antiga direcção na nossa conversa,a obra desta equipa técnica e jogadores.Aliás não é só no hóquei. Em todas as modalidades de pavilhão estamos muito fortes.
      Mas tudo bem,se calhar também já estava programado e planeado isto.Ainda vamos chegar á conclusão no final que BDC e sua equipa não fez nada e andou se a aproveitar dos louros dos outros.
      Tipo o Varandas.
      SL

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    5. Eu reconheço os méritos do Bruno.
      Votei nele, apoiei, (Quis acreditar: o Sporting é a nossa fé.) etc. etc.
      Mas também há que reconhecer que ele borrou a pintura! Completamente!
      Mas olha, por mim chega. Não vale a pena continuar "a chover no molhado".
      Bruno faz parte do passado. Acabou. Provavelmente será expulso de sócio.
      É assunto encerrado.
      Há que olhar para diante e apoiar quem foi eleito para dirigir.

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    6. Caro Jorge Cadete, dizer que os sócios pagaram o pavilhão talvez seja um pouco forte, não? Seria mais correto dizer que os sócios tiveram uma pequena participação na construção, pois em 9,5M que custou o pavilhão, os sócios contribuíram em 350'000€

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    7. Jorge Cadete,
      Que tal uma enxada para trabalhar na horta?
      Plantar umas batatas e assim?

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    8. Caro Jorge Pereira,
      Talvez seja forte!... Mas note o seguinte: se a comparticipação directa dos sócios e adeptos ficou, como o Jorge disse, na casa dos 350,000€. A contribuição indirectamente acaba por atingir outros valores... Ou não? Não fora o caso de a banca estar a perder, de facto, muitos milhões com o Sporting, (e por essa via financiar o clube a fundo perdido) eu diria que a contribuição directa e, sobretudo, indirecta dos sócios e adeptos andaria muito acima dos 50%... Bom, não percebo nada de finanças, mas certamente que aqueles contratos com a NOS se devem ao potencial da marca com 3,5 milhoes de adeptos/ consumidores de telefone, net, tv, etc...
      Não sei quantificar o valor material dos sócios e adeptos. Fica a questão para quem domina essas matérias! Mas uma coisa é certa o dinheiro tem que vir de algum lado e não é do bolso do Bruno.

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  2. Convido à passagem pelo último post do meu blogue, onde faço uma análise aos últimos anos dele como treinador (esperemos daqui a poucos meses estarmos a analisar, com um sorriso estampado, a sua recente carreira)

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  3. É o novo Sporting, o Sporting Low Cost: Plantel de segunda categoria, treinador de terceira e presidente de quarta!

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  4. Mister : bota aí o curriculo de Boloni e de Inácio antes de treinarem o Sporting. Já agora, se não der muito trabalho, Mário Lino e Fernando Mendes. E ficamos por aqui.
    Votei em Benedito mas Varandas foi ELEITO pelos sócios.
    Pronto, la teremos que juntar o Mister às viúvas.

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  5. Qualquer um deles tinha currículo bem melhor, mesmo antes de treinarem o Sporting, e pelo menos todos eles foram jogadores de grande categoria e internacionais, mas quero que o atual treinador tenha o maior êxito, porque o êxito dele será o do Sporting e também o meu, como adepto e sócio.
    Não votei em ninguém, por principio, e estou grato a Bruno de Carvalho, pelo que fez pelo clube, mas deixe de apelidar de "viúvas"ou qualquer outra coisa do género, a pessoas como eu, porque ainda há ética, princípios, justiça e gratidão. O que é verdade, é que enquanto existir o pavilhão JR, Bruno de Carvalho não será esquecido, para desgosto dos mal intencionados.

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  6. Acho que há aqui alguma confusão relativamente aquilo que um treinador pode incutir na forma de jogar das equipas e se isso é ou não adequado ao clube em causa.

    1º A qualidade do treinador pode medir-se pelo currículo, ou não.
    Exemplo 1: Jorge Jesus ganhou quantos títulos??? Nã, nã, tens que tirar aqueles que foram oferecidos, eu disse ganhou. Pode dizer-se que é muito bom treinador porque ganhou muitos títulos mas, em abono da verdade, foram quase todos oferecidos pelo polvo.
    Exemplo 2: Leonardo Jardim ganhou quantos títulos? Ganhou poucos mas, as suas equipas praticam um futebol atractivo e ao mesmo tempo objectivo.

    2º Que perfil tem o treinador independentemente dos títulos? Qual a sua filosofia? Como jogam as suas equipas? Isso interessa a uma equipa de nível europeu ou apenas nacional?
    Exemplo 1: Há alguns anos as equipas italianas ganhavam muito, mas sempre por poucos, lembro-me de um Campeonato do Mundo que ganhou, que na fase de grupos fez 3 empates, tal como Portugal no Euro que venceu, foi de empate em empate até à final e ganhou. Ora se ganhavam os treinadores italianos eram os maiores, mas era um futebol mixuruca que foi ultrapassado e hoje a não ser a Juve, o futebol italiano está em baixa. Eram equipas ulta-defensivas, do catenaccio, futebol horrível, que começou a ser entendido, ultrapassado e abandonado.

    3º Que metodologia é seguida, em continuidade, com resultados visíveis num futuro próximo?
    Ex: Na utilização da pressão alta, há processos que evoluem em continuidade ou é só aquilo, é um processo estanque e terminado, que quando ultrapassado, paciência, temos que arranjar outro esquema?

    4º Que perfil de jogador pretende o treinador?
    Exemplo 1: Do género Sabry e Shikabala, brinca na areia que dão espectáculos de encantar as massas mas, sem objectividade e sem inteligência, que não entendem o jogo.
    Exemplo 2: Do género Vidigal ou Stan Valks ou até Slimani, não são grandes prodígios da técnica mas são eficazes nas sua tarefas.
    Exemplo 3: Do género Ristovsky que dão tudo em campo ou do Género Brian Ruiz que se desvia para não sofrer nenhuma corrente de ar.
    Se quer um perfil de jogador, tem capacidade para os moldar a esse perfil ou precisa de contratações massivas?

    Cada presidente, cada direcção deve ter um perfil de treinador mas, mais importante é saber se o perfil é adequado à grandeza e ambições do clube.

    Queremos uma equipa que pressione alto, que obrigue os adversários com bola a cometer erros ainda no seu meio campo ou até mais à frente e sair de forma rápida e organizada para uma transição que não permita a defesa adversária organizar-se. Agora o importante é saber se o treinador é ou não capaz de implementar a sua filosofia com os atletas que tem, de forma rápida, em constante evolução e se os seus conceitos de jogo ou tacticas são assimiladas e faz acreditar os seus atletas na sua filosofia, nos seus principios.

    Quanto ao currículo, não me parece muito importante se jogou no X, no Y ou no Z. Onde é que jogou Mourinho e Leonardo Jardim e Marco Silva e o gajo que está no Shaktar?

    Que currículo tinha Guardiola?

    Eu, por principio dou sempre o beneficio da duvida aos treinadores antes de me manifestar. Lá mais para a frente, poderemos saber se sim ou se não, se aquilo que presidiu à sua escolha foi ou não BEM pensado, etc.

    Nada me garantiria que um treinador com um extraordinário currículo chegasse, visse e vencesse... Boloni e Inácio já foram aqui evocados e bem.

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    1. Já agora, só acrescentar o seguinte pensamento para tese académica:

      Se Guardiola estive no Al-não-se-quê, com os atletas que tinha Keizer, estaria em que lugar no campeonato do golfo? Em 3º? Em 1º) Em 5º?

      Se Kaizer tivesse treinado o Barcelona, com os jogadores que este clube tinha na altura quando lá esteve Guardiola, também tinha sido campeão muitas vezes? Só algumas? Sempre?

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  7. Votos de continuação da carreira vitoriosa do Kaizer, com os mesmos resultados agora no Sporting.

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    1. Cu dolfo o mesmo de sempre, para ti, aquela frase que ficou celebre num monstro do cinema:

      - Suck my cock baby
      John Holmes

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    2. Este pobre coitado não tem vida própria... triste criatura...

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  8. Claro que todos queriamos o Guardiola mas, ao que parece, ele está envolvido num projecto. Enfim, ele é que sabe da vida dele!!

    Não acredito nessa do currículo e títulos, etc.
    Temos o exemplo do Boloni. Temos o exemplo de jogadores cepos de pés mas que depois se tornam uma máquina - sim, refiro-me ao Slimani.

    Ou seja, o que interessa é ter alguém com um bom plano de jogo e pensamento a médio/longo prazo. Em junção com quem decide investir (isto é o mais importante), escolhe os melhores para a táctica. Que saber puxar e evoluir o melhor dos jogadores. Que dá uso à academia (essa coisa que devia ter lepra no tempo do JJ).

    É isto que se pede. Arrisco-me a dizer que tudo é melhor que o Peseiro.
    Vamos acreditar!


    Já agora aqui uma curiosidade de um certo treinador de 59 anos:
    1990–1991 Stia
    1991–1993 Faellese
    1993–1996 Cavriglia
    1996–1998 Antella
    1998–1999 Valdema
    1999–2000 Tegoleto
    2000–2003 Sansovino
    2003–2005 Sangiovannese
    2005–2006 Pescara
    2006–2007 Arezzo
    2007 Avellino
    2008 Hellas Verona
    2008–2009 Perugia
    2010 Grosseto
    2010–2011 Alessandria
    2011–2012 Sorrento
    2012–2015 Empoli

    ....continua mas depois é "só" o Napoli e o Chelsea.

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  9. delícia SCP 4 - SLB 0 em futebol juniores
    delícia SCP 5 - FCP 3 em hóquei
    delícia SCP 1 - SLB 1 em futsal Liga Campeões (semana passada)
    delícia passagem fase seguinte Liga Campeões andebol

    quanto ao futebol é cedo para poder avaliar o keizer
    o que ficou à vista no 1º jogo é que dispensou os jovens promovidos por Tiago Fernandes (um deles foi titular no Arsenal e deu conta recado), mas apostou em Wendel

    o que terei mais curiosidade é tentar saber se keiser vai promover jovens ou se vai começar a pedinchar por reforços. se é um treinador formação não devia começar a pedir reforços até porque os 26M+4M são para reembolsar o anterior empréstimo e não para ir às compras. ou melhor se é para comprar então que sejam negócios da china tipo Slimani (por 600mil€). e tem ainda bons jogadores dispensados por Cintra & Peseiro que podem ser reaproveitados a custo ZERO.

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    1. Ele fez o certo tendo em conta que foi o primeiro jogo da equipa. Optou pela equipa, digamos, base de modo a analisar com quem pode contar, bem como adaptação ao estilo de jogo.

      O que nos faz falta agora é uma pré época de modo a entrosar rotinas, coesão e táctica.

      O que se espera é mesmo isso: olhar para o que temos. E tem se visto em chamadas de jogadores dos sub-23.

      SL

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  10. Em condições normais, um currículo deste seria motivo de preocupação, mas não nos podemos esquecer que ele vem substituir o lampião incompetente do PeZero, por isso pior não há-de conseguir fazer com toda a certeza.

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