No passado sábado o Sporting realizou a habitual apresentação aos sócios no estádio de Alvalade. Durante esse dia aconteceram duas coisas sobre as quais me quero debruçar rapidamente.
O regresso de Battaglia
No início do dia os Sportinguistas foram brindados com o regresso de Battaglia ao clube. Ao contrário do que aconteceu com Bas Dost e Bruno Fernandes, desta feita Sousa Cintra não se deslocou à sala de conferência de imprensa para apresentar o jogador e prestar esclarecimentos aos jornalistas.
Mais do que um esclarecimento aos jornalistas, era muito importante que tivesse sido feito um esclarecimento cabal aos sócios sobre os contornos deste regresso, até porque a imprensa tem vindo a afirmar e a reafirmar que o jogador passou a ganhar o dobro. A imprensa fala nuns incríveis 3,2M/ano que é montante anual que no Sporting só é superado pelo vencimento de Bas Dost (4M/ano), isto se acreditarmos que o contrato assinado recentemente manteve as mesmas condições do que foi assinado aquando da chegada do holandês ao Sporting em 16/17.
Porque será que Sousa Cintra não quer esclarecer os Sportinguistas sobre os contornos deste regresso? Fica a pergunta no ar.
Bruno Fernandes a capitão?
No dia da apresentação escrevi um post sobre aqueles que considerei como sendo jogadores "capitaneáveis". Nesse post (aqui), escolhi Montero, Nani, Coates e Carlos Mané e expliquei as razões para a minha escolha. Cada adepto poderá ter as suas ideias e isso parece-me absolutamente normal.
O que já não é normal é o facto de ter sido dada a braçadeira a Bruno Fernandes. Não me consigo conformar com este completo enxovalho ao Sporting e aos Sportinguistas. Nesse post sobre os capitães escrevi: "Na minha opinião, Bas Dost e Bruno Fernandes nunca poderão ser capitães do Sporting nesta época e duvido que algum dia o possam ser. Seria um completa falta de respeito pelo Sporting, pelos seus sócios e até pelos jogadores que não rescindiram, colocarem algum destes jogadores no lote de capitães."
Na realidade estamos a falar de um jogador que rescindiu com o Sporting alegando uma justa causa que não tinha, como a cada dia que passa fica mais evidente para todos. Alguém que fez o que este jogador fez não pode ser capitão do Sporting. Não pode ser considerado como o exemplo a seguir. O que pensarão os jogadores que mantiveram o compromisso com o clube? De que lhes valeu a lealdade ao clube? E não me venham dizer que Coates, Acuna ou Mathieu não tinham mercado e por isso ficaram no clube. Será que seria muito complicado premiar quem decidiu ficar no clube não cedendo a pressões e respeitando o Sporting? Como é que Sousa Cintra e José Peseiro não têm a noção que estão a enxovalhar uma parte muito significativa dos Sportinguistas? É desta forma que querem unir os Sportinguistas à equipa?
Reitero o que já tinha dito anteriormente: Neste momento, Bruno Fernandes, Bas Dost e Battaglia não têm o mínimo de condição para envergarem a braçadeira de capitão e duvido que algum dia venham a ter. Desde o dia da apresentação para cá tenho visto e lido muitos discursos longos e floreados que inebriam alguns Sportinguistas, mas ainda não ouvi uma coisa tão simples como a palavra "desculpa". Isso deveria dar que pensar a todos nós ainda para mais quando estamos muito longe de saber o lado B destas duas histórias.
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