terça-feira, 30 de julho de 2019

O plantel e a pré-época - Os Guardiões


A análise que ontem fiz aos números da pré-época tem de ser complementada com uma análise sobre as escolhas que estão a ser feitas para o plantel e para o trabalho que foi sendo desenvolvido na pré-época. Neste sentido farei uma série de posts onde analisarei estas questões nas mais diversas posições, começando agora pela baliza leonina. 

No final da época passada tínhamos 5 guarda-redes "séniores" sob contrato: Renan, Luís Maximiano, Salin, Diogo Sousa e Viviano. 

O caso Viviano


Começo precisamente pelo internacional italiano, que não conta para o Sporting. E não conta porquê? Até hoje os Sportinguistas não tiveram a indicação sobre o que se terá passado para o guarda-redes italiano ter sido proscrito pelo Sporting. Viviano, que na minha opinião é só melhor guarda-redes do Sporting. Mas ok, vamos imaginar que o Viviano fez algo de muito grave que não lhe permite vestir a camisola do Sporting. Adiante.

"Reinan"


Em relação a Renan, parece-me que o papel preponderante que teve na conquista das taças na época passada fazem com que esteja mais valorizado do que nunca. Será difícil ter o atleta mais valorizado do que esteve neste verão. Não acho que o Renan seja um guarda-redes para o nível que um titular do Sporting deva ter, mas também me parece que não seria a maior das prioridade a troca de guarda-redes quando existem outras lacunas mais relevantes no plantel. Havendo a possibilidade de venda do Renan e de compra de um guardião de categoria não hesitaria. Situação que também ficaria resolvida com a venda do Renan e com o regresso do Viviano, mas isso será impossível. Portanto, apesar de não ser a minha opção aceito a manutenção de Renan como número 1.

O futuro que não é presente


Em relação ao Luís Maximiano, todos sabemos que estamos perante um jovem com muito potencial  e que nos próximos anos pode ser o titular do Sporting. Também neste caso fico com a ideia que o atleta está a ser mal gerido. Desde logo, quando na época passada não lhe foi dada uma oportunidade de fazer alguns jogos nos últimos dois meses, altura em que já não havia nada a disputar na Liga. Teria sido um bom momento para vermos o atleta em acção na primeira equipa do Sporting. Infelizmente, não foi essa a opção de Keizer. 

Luís Maximiano parte para esta época como número "2" do Sporting sem que tenha feito um único jogo oficial numa primeira equipa. Por muita qualidade que tenha - e tem - é um risco enorme estarmos a lançar o jovem desta forma na equipa principal. Basta recordarmos a forma como Svilar entrou no Benfica ou até mesmo as dificuldades que Rui Patrício teve no seu início de carreira. Se o Renan tem um azar, estará Luís Maximiano pronto para assumir a titularidade numa equipa como o Sporting? Não me parece.

Mesmo retirando da equação todas as questões mentais e de experiência acumulada que só se consegue ganhar com o tempo de jogo, Luís Maximiano tem uma fragilidade importante. Falo do seu jogo de pés que ainda deixa muito a desejar e isso nos dias que correm é muito importante, especialmente para equipas que jogam em posse, como o Sporting pretende jogar.

O segundo guarda-redes tem de ter condições para a qualquer momento passar para a titularidade e assumir a posição sem hesitações, sem desconfiança dos adeptos ou dos companheiros. Algo que neste momento me parece ser algo que o Max não consegue oferecer. A posição de guarda-redes pele sua especificidade não pode ser olhada da mesma forma com que é analisada a situação de um jogador de campo. Um jovem jogador de campo pode fazer parte do plantel e ir crescendo em jogos. É relativamente fácil dar essas oportunidades. No caso de um guarda-redes nenhum treinador do mundo vai tirar o guarda-redes a 10 minutos do final de partida oficial para ir dando minutos a um jovem da formação.

Portanto, parece-me que a melhor opção seria emprestar o jogador para uma equipa onde pudesse crescer a jogar todas as semanas, para que na próxima época regressasse ao Sporting sendo uma opção garantida para nº2 e até quem sabe se já não teria condições para lutar declaradamente pela titularidade.

Continuidade tinha todo o sentido


Neste verão o Sporting entendeu deixar sair o Salin a custo zero. O francês não é um monstro das balizas, mas sempre que foi chamado foi correspondendo muito bem. Lembro-me por exemplo da exibição magistral que fez no derby da Luz da época passada onde nos garantiu o empate. A brincar, a brincar, ainda fez 22 jogos pelo Sporting nestas duas épocas.

Na minha opinião a sua saída foi um enorme erro. Não só desportivo, mas também "político", quando sabemos que está em investigação um caso de um alegado aliciamento de jogadores do Marítimo por parte do Benfica, em que ele é uma das testemunhas. Mas para o caso, quero falar apenas para a vertente desportiva.

Ora, face a tudo o que fui dizendo anteriormente, parece-me evidente que o Salin tinha lugar neste plantel como número 2, permitindo ao Luís Maximiano ser emprestado esta época para uma equipa onde tivesse oportunidade de jogar o ano todo.

Mais incompreensível fica esta saída quando o atleta não tinha um salário elevado e em Janeiro passado - já com Varandas e Keizer no clube - tinha renovado contrato até final de 2020.

Sinais da pré-época


Olhando para esta pré-época é possível verificarmos que Luís Maximiano não teve grandes oportunidades de jogar. Jogou a segunda parte frente aos amadores da terceira divisão da Suiça, jogou o jogo inteiro contra o Estoril na Academia, fez 27 minutos frente ao St. Gallen onde fez duas belas intervenções e jogou 10 minutos contra o Brugge. Portanto, em jogos contra adversários de alguma valia (St. Gallen e Brugge) fez uns míseros 37 minutos. No jogo contra o Liverpool, nem um único minuto, assim como também não teve direito de jogar no Estádio José Alvalade no jogo do troféu Cinco Violinos. Nem uns míseros 10 minutos foram concedidos por Keizer para o seu número 2 das balizas.

Portanto, no final da época passada não estando nada em disputa não se deu uma oportunidade ao rapaz para jogar. Nesta pré-época jogou praticamente só contra as equipas de "mija na escada". Contra clubes de algum nível fez 37 minutos. Foi esta a confiança e a quantidade de jogo que foi dada a um rapaz que tem de jogar para crescer e poder mostrar todo o seu potencial.

Diogo Sousa nem a cheirou


Quanto a Diogo Sousa, terceiro guarda-redes do Sporting, nem sequer a cheirou. Zero minutos na pré-época. Durante a época irá acompanhar a equipa em todos os jogos e acabará por ficar sempre de fora dos convocados. É provável que sempre que o calendário permita seja o guardião dos sub-23.

Os rivais


No Sporting há Renan e Max. No caso do Benfica há Vlachodimos e o jovem Svilar. No Porto há Vaná e o jovem Diogo Costa. Três situações idênticas com 3 guardiões experientes e 3 jovens com muito potencial. A única diferença é que Benfica e Porto estão no mercado em busca de jogadores para garantirem a titularidade da posição, permitindo depois o empréstimo destes jovens guarda-redes. Svilar tem interessados na Bélgica e Diogo Costa já esteve perto do Paços de Ferreira. Este exemplo do que está a ser feito pelos rivais é mais um sinal que entronca na minha ideia de manter o Salin como número dois do Renan e emprestar o Max. Algo que infelizmente, já não é possível.

A época


A época seguirá um de dois caminhos no que à baliza diz respeito. Se Renan não se lesionar será dono do lugar durante todo o ano, provavelmente com excepção de uns jogos menores das Taças onde poderá entrar Luís Maximiano. Ou seja, se isto acontecer o Max vai ficar praticamente o ano todo parado a ver Renan jogar.

O caminho alternativo passa por haver uma qualquer infelicidade com Renan e o Luís Maximiano ter de assumir a baliza do Sporting. Se isso acontecer, será colocado um peso do tamanho do mundo nas costas de um jovem que aos 20 anos terá de defender a baliza de uma equipa que luta para ganhar todas as competições em que está inserida e em que qualquer erro pode ser fatal e deitar a época a perder.

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segunda-feira, 29 de julho de 2019

"No pasa nada"


Ainda agora terminamos a pré-época e a promessa feita pela administração da SAD de "batermos todos os recordes" já está a ser cumprida. Infelizmente, são recordes negativos.

Zero vitórias



Seis jogos realizados nesta pré-época e o melhor que conseguimos foram três empates e três derrotas. Vitórias, nem vê-las. E não é que os adversários tenham sido particularmente complicados, até porque no lote estão equipas de campeonatos secundários, como o Brugge da Bélgica e o St.Gallen da Suiça e até equipas de divisões secundárias, como o Estoril (2ª Liga) e o FC Rapperswill-Jona (quem?).

Mas, lá está, "no pasa nada"...

Há quantos anos não acabávamos a pré-época sem uma única vitória?


Bem, esta é uma pergunta interessaste, mas para a qual não posso dar uma resposta definitiva. Dos registos que consegui consultar, o Sporting venceu pelo menos um dos seus jogos de pré-época de 1968/1969 até 2018/2019. Em 1967/1968 só encontrei 3 amigáveis realizados (empate contra Estudiantes e Real Madrid e derrota com o Vasco da Gama), mas estes dados podem estar incompletos. Tenho dúvidas que o Sporting tenho apenas realizado estes três jogos de pré-época. De qualquer forma, mesmo com a informação incompleta é perceptível a grandeza do "feito" conseguido.

Mas, lá está, "no pasa nada"...

"Feito" igualado...


Nesta pré-época houve um momento que fica para a história do clube. Os tais rapazes do FC Rapperswill-Jona, que são um bando de amadores que jogam na estrondosa 3ª divisão da Suiça conseguiram o incrível feito de ganhar ao Sporting Clube de Portugal. Em 113 anos de história só tínhamos perdido uma partida frente a um adversário do terceiro escalão, na longínqua época de 1948/1949 frente ao Tirsense.

Mas, lá está, "no pasa nada"...

A única equipa da 1ª Liga a acabar a pré-época sem uma única vitória


A pré-época terminou para praticamente todas as equipas da 1ª Liga e o Sporting foi a única equipa do principal escalão do futebol português a não conseguir uma única vitória. No topo da tabela que seria onde o Sporting deveria estar, estão precisamente os nossos rivais com percentagens de vitórias muito altas. O Benfica venceu 7 dos 8 jogos disputados (87,5% vitórias) e o Porto venceu 6 dos 8 jogos disputados (75%). 

Mas, lá está, "no pasa nada"...

Ainda sou do tempo dos campeonatos de pré-época



Os celebres campeonatos de pré-época caíram em desuso nos jornais desportivos nacionais, mas se existissem mostrariam que o Sporting foi a equipa com pior desempenho das 18 que participam na primeira liga, com uma média ridícula de meio ponto por jogo. Enquanto isso, os rivais lideram esta "classificação" com 2,63 pontos por jogo para o Benfica e 2,38 pontos por jogo para o Porto. O Sporting conseguiu uns incríveis 0,5 pontos por jogo.

Mas, lá está, "no pasa nada"...

A equipa com mais golos sofridos na pré-época



Em termos absolutos o Sporting é a equipa da 1ª Liga que sofreu mais golos nesta pré-época (11). Em termos médios dá uns incríveis 1,83 golos encaixados por partida. Mais do que a soma dos golos sofridos pelos nossos rivais (11>9). Nos 6 jogos realizados, só por uma vez o Sporting não sofreu dois golos (derrota contra o Estoril por 1-0). 

Mas há mais. Das 18 equipas da 1ª Liga o Sporting foi a única que não conseguiu acabar uma única partida sem sofrer um golo. Sofremos golos em todos os jogos. 

Mesmo em termos de golos marcados o Sporting é o 11º clube com melhor média de golos por jogo com 1,33 golos/jogo enquanto que Benfica lidera a lista com 4,38 golos/jogo e o Porto tem o segundo melhor registo com 2,38 golos/jogo. 

Mas, lá está, "no pasa nada"...


"No pasa nada"


O Sporting é um clube que joga todos os jogos para ganhar e para dominar os adversários. Nesta pré-época nem domínio, nem vitórias, mas "no pasa nada". Pelo menos desde 67/68 que o Sporting não terminava uma pré-época sem conseguir vencer um único jogo, mas "no pasa nada". Das 18 equipas da 1ª Liga, o Sporting foi a única que não conseguiu vencer um único jogo de pré-época, sendo que Porto e Benfica foram as equipas com maior percentagem de vitória, mas "no pasa nada". Das 18 equipas da 1ª Liga o Sporting foi a que consentiu mais golos e a que terminou a pré-época com a pior média de golos sofridos, sendo que os rivais estão no topo da lista com melhores registos, mas "no pasa nada". Sporting que pela primeira vez na sua história perde o jogo do Troféu 5 violinos (já tinha perdido o troféu na época passada, mas tinha empatado o jogo), mas "no pasa nada". Como cereja no topo deste bolo de pré-época os Sportinguistas ainda foram brindados com uma derrota frente a um bando de amadores da 3ª divisão da Suiça, mas "no pasa nada". 

Na realidade até não se "poderia passar nada", se os Sportinguistas vissem a equipa com processos de jogo definidos, com ideias claras para o que se quer, com um plantel bem composto, com reforços a mostrarem capacidade, com jovens da formação devidamente aproveitados, etc. O problema é que a estes números junta-se uma mediocridade total em todas estas áreas. 

A única área onde estamos fortíssimos é mesmo na propaganda na comunicação social. Aí de facto, "no pasa nada" e o Sporting vive num mundo encantado. Vejam lá que até o director do Jornal Record se queixou da arbitragem de João Pinheiro na partida de ontem. 


Sobre o futebol medíocre apresentado pelo Sporting nesta pré-temporada é que há pouco ou nada a dizer. Tudo isto no mesmo jornal que anunciou ontem em parangonas que iriam estar mais de 40 mil espectadores em Alvalade. Da "expectativa" à realidade foi só a diferença de 8 mil pessoas. Mas há algo ainda mais relevante e que mostra a "boa fé" como a imprensa tem analisado a pré-época do Sporting. No dia de hoje, depois de os sócios do Sporting terem sido brindados por uma má exibição, por uma derrota no Troféu 5 Violinos e por uma pré-época com resultados miseráveis, eis que a medalha de lata do Record não vai para Marcel Keizer mas sim para um tal de... Tamas Kanderesi. 

Imaginem o que se diria noutros tempos desta pré-época do Sporting. Nos jornais de hoje já tinham surgido análises a tudo o que aqui coloquei, os comentadores já estariam todos a questionar as opções de Keizer e da administração da SAD, etc. Meus caros, enquanto não contarmos para o totobola do que realmente interessa (luta pelo campeonato e pelo pote dos 40M da Champions) continuaremos a estar nas boas graças da imprensa nacional. É este um dos efeitos da bipolarização do futebol português. E é bom que os Sportinguistas tenham noção disso. 

Quanto à Supertaça estou profundamente convicto que vamos ganhar da forma habitual. O problema é que para se ganhar campeonatos não é possível vencer jogos nas grandes penalidades. 

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quinta-feira, 18 de julho de 2019

"Se a opção de cortar for para a frente, daqui a um ano estamos a falar no desaparecimento da modalidade"


Depois dos ecos relacionados com cortes nas mais diversas modalidades do Sporting, eis que chegou o dia em que os protagonistas falam abertamente sobre o assunto. Aqui ficam as declarações de Carlos Silva, director técnico do Sporting e de dois dos mais importantes treinadores leoninos. José Uva, treinador dos saltos e Luís Pinto do meio fundo. 

A entrevista


Aqui fica o print da notícia de hoje do Jornal Ojogo.

Abram imagem num outro separador


Os cortes


Se há alguém que tem falado no corte absurdo do orçamento para a época 2019/2020 tenho sido eu. Em tempo útil dei a minha opinião desfavorável à aprovação deste orçamento que tem um corte de 2,3 milhões de euros (+ de 20%) em relação ao montante executado em 18/19 e com a agravante de temos uma nova modalidade que custa entre os 700 e os 800 mil euros. Portanto, em termos gerais, as modalidades que tivemos em 18/20 sofrem um corte de 3M. Importa também salientar que a época 18/19 acabará com lucro, tal como as 5 épocas anteriores. Já falei sobre isso (aqui) e (aqui)

Clarinho como água


Declarações mais claras do que estas são difíceis de encontrar. Ora, vamos lá:

Luís Pinto

"O Carlos Silva mostrou que era possível sonhar com a Europa. Deu um balão de oxigénio ao atletismo. Tem havido um apoio que não houvera em dez anos"

Carlos Silva: 

- "O factor financeiro nem é muito nem pouco importante - é fundamental."

- "O dinheiro condiciona sempre. E estamos preocupados, não o escondo"

- "Com mais fazemos melhor; com menos, fazemos o possível"

- "Há limites para manter a qualidade. O projecto está longe de estar acabado e os resultados são muito interessantes. Agora, se quisermos andar para trás, admito que seja mais fácil destruir do que construir"

- "Não é uma decisão nossa o que cortar, mas sim a de produzir. Se alguém nos exigir mais, terá de dar mais. Somos treinadores e não nos queremos intrometer na gestão do clube. Sabemos, porém, o que é possível fazer"

José Uva

- "Se há modalidade que tem feito jus ao nome de ser os melhores da Europa, tem sido o atletismo. Não me parece assim tanto o valor investido"

- "Para sermos os melhores, tem de haver investimento. Por isso é que os títulos europeus voltaram a aparecer"

- "Se a opção de cortar for para a frente, daqui a um ano estamos a falar no desaparecimento da modalidade"

Para fechar


Em 20 anos, de 1995 a 2015 o Sporting venceu apenas um título internacional no Atletismo: a TCCE de Pista em 2000. Com a aposta nas modalidades feita pelo conselho directivo presidido por Bruno de Carvalho, o Sporting conquistou de 2016 até 2019 uns incríveis 5 títulos internacionais. O primeiro destes 5 títulos ainda foi visto pelo nosso eterno professor Moniz Pereira, que faleceu pouco tempo depois. Que alegria teria ele se tivesse a possibilidade de ver como o Sporting desenvolveu o atletismo nos últimos anos e que falta nos faz hoje nesta luta contra quem quer matar o que tanto custou a construir. 

Os títulos, o corte no Orçamento e agora as declarações de directores e técnicos estão ai para os Sportinguistas analisarem. Termino deixando um abraço solidário aos três pela coragem das declarações e por informarem os Sportinguistas sobre o rumo interno que está a ser traçado. 


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sábado, 6 de julho de 2019

Dia de expulsão


Chegou finalmente o dia tão desejado por uma parte significativa de sócios do Sporting e por uma esmagadora parte - senão mesmo pela totalidade - dos actuais órgãos sociais do Sporting, que a cada intervenção pública mostram o seu ódio ao antigo presidente do clube. Hoje é o dia em que Bruno de Carvalho será expulso de sócio do Sporting CP. Para os que tanto lutaram por isso eu digo, podem soltar os fogos

Não estanhem que eu comece pela conclusão. Faço-o para vincar de forma bem clara o que eu acho que vai acontecer. Bruno de Carvalho será expulso e de goleada. Prognostico feito, quero dizer algumas coisas. Até porque nunca me escondo de dar a minha opinião sobre matérias relevantes do Sporting.

Uma morte anunciada há meses


A primeira coisa que quero dizer é algo que provavelmente nem 10% dos Sportinguistas saberão: independentemente do resultado da AG de hoje, Bruno de Carvalho já não poderia concorrer no próximo acto eleitoral, uma vez que para poder concorrer a um acto eleitoral tem de ter filiação ininterrupta nos 5 anos anteriores ao acto eleitoral. Algo que a suspensão que vigora até ao mês de Agosto o impede. Ora, BdC só poderia concorrer a partir de setembro de 2024. Ou seja, se as duas próximas eleições forem ordinárias (2023 é 2027), BdC só poderia concorrer em 2027. Daqui a 8 anos. 

Pouca gente sabe disto, mas é a realidade. Uma realidade que dentro de horas deixará de existir porque Bruno de Carvalho será expulso de sócio. 

O acto de guerra


Tenho também de dizer que estou perfeitamente tranquilo quanto a todas as minhas posições e mantenho as minhas convicções. Passado mais de um ano do ataque a Alcochete, vivo na profunda convicção que sempre estive do lado certo da barricada: o lado do Sporting Clube de Portugal.

No dia seguinte ao ataque na Academia e face ao anúncio de Jaime Marta Soares de um plenário de órgãos sociais para depois da final da Taça com vista à definição do futuro do Sporting, eu disse publicamente que o melhor para o Sporting seria Bruno de Carvalho pedir demissão. Sugeri até que se encontrasse uma solução de estabilidade em Carlos Vieira (nº2 do CD) por forma a se preparar as épocas desportivas e para fechar a reestruturação financeira e a recompra das VMOC que estava em curso e que já tinha sido anunciada em Abril, bem antes do ataque na Academia. Após isso, seriam convocadas eleições antecipadas num momento a definir nesse plenário. Era uma solução que teria duas vertentes muito importantes. Por um lado, garantiria a estabilidade imediata do clube. Por outro, daria tempo aos sócios interessados de formarem listas e fazerem projectos para apresentarem aos sócios em eleições. Obviamente, Bruno de Carvalho teria toda a legitimidade de se recandidatar nesse acto eleitoral, deixando a decisão nas mãos dos sócios.

Mas não foi esse o caminho escolhido. O tal plenário de órgãos sociais não ocorreu porque pouco mais de 24 horas depois da declaração de Jaime Marta Soares, começaram a surgir demissões nos órgãos sociais. Foi esse o acto de guerra que nos levou para uma guerra civil entre MAG e CD durante mais de um mês.

Só um lado da "barricada" é punido


Relativamente aos actos que levam à sua expulsão de sócio de Bruno de Carvalho, dizer que não há dúvida absolutamente nenhuma que violam os estatutos. Se são para expulsão, isso já é outra história. Mas face à dualidade de critérios aplicada por uma Comissão de Fiscalização que não foi eleita pelos sócios e que tomou a medida mais importante do órgão disciplinar do Sporting nos seus 113 anos de história ao suspender um Conselho Directivo inteiro, pouco importa para o caso. Uma dualidade de critérios que continuou com a eleição do actual Conselho Fiscal e Disciplinar que até se dá ao luxo de andar nas televisões e jornais a fazer campanha para a expulsão de sócio de Bruno de Carvalho.

O problema aqui é que na guerra sem quartel ocorrida no seio dos órgão sociais entre 17 de Maio e 23 de Junho de 2018, há muitas outras figuras que violaram os regulamentos e estatutos do clube e não os vejo serem alvos de processos disciplinares, castigos ou expulsões. Perante isto eu pergunto-vos: como podem os Sportinguistas pactuar com tamanha injustiça, quando só um dos lados da barricada desta guerra interna é punido? Que justiça é esta, caros consócios? Mais, meus caros. Então e os jogadores que pediram rescisão sem justa causa com o Sporting e que prejudicaram o clube em milhões de euros, não são alvos de processo disciplinar porquê? E aqui quem diz que não há justa causa e que o clube foi prejudicado gravemente é mesmo o Sporting na sua defesa nas instâncias nacionais e internacionais. Eu recordo que o Sporting tem uma série de processos judiciais contra estes jogadores. Posto isto, não são alvo de processo disciplinar porquê? Alguém me consegue explicar?

Como é que eu posso votar a expulsão de sócio de uns, ficando os outros a rirem-se depois de também terem atropelado os regulamentos e estatutos? Ou há justiça para todos, ou então não há justiça. É outra coisa qualquer.

Este é apenas um dos pontos da injustiça que é a expulsão de Bruno de Carvalho. 

Depois de Presidência


Mas, não posso deixar de dizer algo sobre o comportamento de Bruno de Carvalho. Desde a destituição, Bruno de Carvalho tem tido atitudes que até tenho alguma dificuldade em qualificar. O Bruno de Carvalho que saiu da AG de destituição tudo tem feito para destruir o seu legado no clube. É a melhor expressão que consigo encontrar para definir este ultimo ano. Tem-se enxovalhado a si próprio e a todos os que estiveram ao seu lado. Algo para o qual também falei em tempo útil.

Se bem se recordam, na altura em que apresentou a sua recandidatura (ainda na fase em que não se sabia se seria ou não impedido de concorrer) eu disse que deveria ser possibilitada a sua candidatura para se colocar uma pedra final no assunto e para os sócios deliberarem em consciência. Também disse que não votaria nele, caso a candidatura fosse aprovada. A realidade é que a MAG - parte interessada nesta guerra - nomeou uma comissão de fiscalização que mais parecia um pelotão de fuzilamento tal o ódio que sempre demonstraram a Bruno de Carvalho. O resultado foi o esperado. Uma comissão de fiscalização que não foi escolhida pelos sócios tomou a decisão mais importante de um órgão disciplinar do clube em 113 anos: a suspensão de um conselho directivo legitimamente eleito pelos sócios. E já depois disso impediu-os de ir a eleições. Relembro que Carlos Vieira também foi impedido de ir a eleições.

O tempo dirá se a ferida aberta por terem impedido Bruno de Carvalho e Carlos Vieira de concorrer a eleições será curado facilmente, mas parece-me que a resposta já vai sendo evidente.

O legado


Mesmo considerando que Bruno de Carvalho tem destruído o seu legado pelas atitudes que tomou no último ano, isso não me impede de analisar tudo o que de bom foi feito. Enquanto teve "tino" - mais uma vez, péssima expressão, mas é a que melhor define o caso - foi o melhor presidente do Sporting deste século e isso mesmo foi reconhecido pelos sócios. Eu recordo que 3 meses antes de Alcochete, em sede de AG os sócios deram-lhe 90%. Um resultado idêntico ao que tinha obtido na eleição onde foi reeleito em 2017. Uma unanimidade tremenda em torno do líder do clube.

Isto para dizer que não aceitarei este revisionismo histórico que os actuais órgãos sociais, comunicação social e alguns Sportinguistas querem fazer. Até porque não é só um reescrever de história, em que esta AG de expulsão é mais um capítulo. Querem matar uma ideologia, uma linha de gestão e um Sporting popular. Da minha parte não permitirei este reescrever de história. Disso podem ter a certeza absoluta.

Bruno de Carvalho será hoje expulso no Pavilhão João Rocha, obra pela qual tanto lutou. Será expulso de sócio o único Presidente deste século que acaba o seu mandato com saldo positivo nas contas do clube, o presidente que conseguiu fechar uma reestruturação financeira que retirou o Sporting da pré-falência, um presidente que saiu do clube com um dos melhores planteis de futebol deste século, quando o ponto de partida que teve foi uma equipa que acabou em 7º lugar. Vai ser expulso de sócio o homem que conseguiu o maior contrato de direitos televisivos da história do futebol português, o homem que deu nova vida às modalidades, recuperando as conquistas dos títulos nacionais e internacionais, o homem que nos deu a tão prometida SportingTV, o homem que foi pioneiro na luta contra o Estado Lampiânico com a denuncia dos vouchers, o homem que tanto lutou pela introdução do VAR, etc.

É por tudo isto que deixo bem claro que a expulsão de Bruno de Carvalho de sócio será um dos maiores erros cometidos pelos sócios do Sporting neste 113 anos. Será uma tremenda injustiça a um homem que tanto deu ao Sporting e que após 5 anos foi ovacionado por 90% dos sócios. São esses 5 anos de história que não permitirei que se apaguem nunca. É uma questão de justiça e de reconhecimento. Mas cada sócio sabe de si e todos juntos sabemos do Sporting. A maioria manda. É assim a democracia.


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quinta-feira, 4 de julho de 2019

Orçamento do desinvestimento foi aprovado pelos sócios


Chamados a deliberar sobre a proposta de Orçamento para 2019/2020, os 1151 sócios participantes na AG de sábado decidiram aprovar a proposta do conselho Directivo liderado por Frederico Varandas. 

Resultados finais


Dados Site Sporting

Em termos percentuais a proposta foi aprovada com 69,01% dos votos contra 30,99% de votos pelo chumbo do orçamento. Se olharmos para os resultados nos sócios, a percentagem de aprovação desce para os 60,9%  e a reprovação para os 39,1%.

Completa falta de informação


Por se tratar de uma proposta de Orçamento que vai em contraciclo com os Orçamentos dos últimos 6 exercícios económicos, o Sporting deveria ter tido outra atenção para com os sócios e procedido à sua divulgação antecipada, para que os mesmos tivessem tempo para analisar os números e as propostas deste novo paradigma de gestão. Recordo que o clube tem um site, um jornal e uma televisão.

Ora, isso não foi feito. Ou melhor, foi feito, mas de forma vergonhosa. As únicas iniciativas para passarem alguma informação aos sócios foram o artigo de Francisco Salgado Zenha no jornal Sporting e a entrevista do Presidente Varandas na SportingTV.

Bem, quanto ao artigo de Salgado Zenha, dizer que estava cheio de gralhas e com pouca informação, sendo que entre outras falhas de estagiário, o mais triste foi mesmo verificar que foi omitido do artigo a enorme descida no orçamento para as modalidades, que seria só a informação mais relevante do documento. Já falei sobre isso (aqui). Em relação à entrevista de Frederico Varandas, nada de relevante foi dito aos Sportinguistas sobre esta temática, tirando uma tirada surreal sobre a passagem de 800mil euros para 1,8M no orçamento do Voleibol que é absolutamente falsa. E aqui até acho que nem foi por maldade, foi mesmo por não ter noção dos números e os ter decorado mal.

Sporting Clube de Lisboa parado no século XX


Para quem não sabe, os sócios que vão às instalações do clube solicitar o orçamento para consulta têm de assinar uma espécie de folha de presença. Ao fazê-lo têm noção do número de associados que consultaram o documento. Segundo relatos de Sportinguistas que fizeram esta consulta, o número de sócios interessados não chegou sequer às duas dezenas. Relativamente a esta consulta, acrescentar que não são permitidas fotografias ou fotocópias que permitam levar o documento para casa para analisar mais calmamente e comparar com relatórios e contas e orçamentos passados.

Ora, quanto a isto é preciso mudar de uma vez por todas o método de consulta. O Sporting Clube de Portugal, clube que se diz ser de Portugal e não apenas de Lisboa, não pode continuar em pleno século XXI a impedir aqueles que estão fora de Lisboa de terem acesso a informação. Um sócio do Porto, de Bragança, de Faro ou até que viva no estrangeiro tem de se dirigir à sede do Sporting para conhecer a proposta de orçamento do clube que ama e para o qual paga as suas quotas? Será que as pessoas têm sequer noção que um sócio que vive no estrangeiro ou longe de Lisboa pouco ou nada usufrui do facto de ser sócio, para além do orgulho em ajudar o clube? É absolutamente surreal que continue a não haver esta visão de um Sporting de âmbito nacional. As direcções passam e continuamos nisto. Tenho pena de trazer aqui à colação o Benfica, mas os bons exemplos têm de ser elogiados. É que os encarnados disponibilizam a proposta de orçamento no site oficial do clube para os seus sócios. Fica a nota para que os nossos dirigentes alterem esta política.

No que é que os sócios votaram?


Devidamente informados temos menos de 20 sócios que partiram para a AG com todas as informações sobre o Orçamento e tiveram tempo para analisar as propostas e formar uma opinião que lhes permitisse estarem de corpo presente na AG e até tirarem alguma dúvida com os responsáveis do clube. Os restantes cerca de 1130 tomaram noção dos números na própria AG e tiveram de decidir no momento. Só por aqui se vê que a esmagadora maioria das pessoas não tiveram a mais pequena noção do que estavam a votar.

Mas, lá está, os sócios são soberanos, mesmo que a decidirem na ignorância de não terem noção dos números. É impossível olhar para estes resultados e fazer uma verdadeira análise sobre os méritos e deméritos do orçamento, senão vejamos: de um lado, uma falange de "oposicionistas" que esmagadoramente votaria sempre contra o orçamento, nem que este fosse a melhor coisa do mundo. Do outro lado, um grupo de sócios que se identifica com esta direcção e que esmagadormente votaria sempre a favor do orçamento, nem que ele fosse a pior coisa do mundo. E no meio, uma série de sócios que votam a favor de tudo pela estabilidade do clube e da direcção, seja ela qual for. E aqui, importa esclarecer que o chumbo do orçamento não colocava absolutamente nada em causa. O que aconteceria era que o conselho directivo teria de fazer nova proposta que se adaptasse à vontade que os sócios expressarem na AG.

Mas, voltando aos sócios que votaram a favor em nome da estabilidade tenho de fazer duas notas. Vi alguns sócios a referirem nas redes sociais que os orçamentos devem ser sempre aprovados e depois no final do mandato as direcções devem ser julgadas pelo trabalho realizado. Ora, aqui não posso deixar de discordar frontalmente com esta análise. Desde logo, porque se existe a obrigatoriedade estatutária de os orçamentos serem levados a votação pelos sócios é porque os eles têm de ser ouvidos e analisarem bem o que lhes é proposto. Se assim não fosse, os conselhos directivos faziam sempre o que quisessem em termos orçamentais e de contas. Mas há ainda um factor mais relevante. As direcções eleitas apresentam-se a sufrágio com base num programa eleitoral e se se afastam do que foi sufragado, os sócios têm o direito a contestar e contrariar essas alterações através do voto nas AG exigidas estatutariamente para protegerem a vontade dos sócios. E é aqui que a porca torce o rabo, para aqueles que defendem a teoria do "deixa andar e no fim fazemos contas", senão vejamos:

A promessa eleitoral de Frederico Varandas


"Investimento. Manter a aposta e o investimento em todas as modalidades". Foi desta forma decidida que o candidato Varandas se apresentou aos sócios no que a esta matéria diz respeito. Uma proposta que não deixa margem para dúvidas e que foi atropelada com esta proposta vergonhosa de orçamento. Vamos a números.

2,3 Milhões ao "ar" no orçamento das modalidades.


Foi nisto que os sócios do Sporting votaram, meus senhores. Eu já tinha avisado no post que fiz antes da AG (aqui) e os números que apresentei confirmaram-se. Aqui fica o orçamento de exploração apresentado pelo CD na AG de sábado.


Primeiro que tudo, voltar a explicar que a rubrica de honorários é aquilo a que vulgarmente se designa por orçamento das modalidades, uma vez que é a rubrica onde estão agregados todos os gastos com jogadores e treinadores.

Como podem verificar, o conselho directivo estimou que a época 2018/2019 iria acabar com 10.330.976,00€ de gastos com remunerações. Uma estimativa feita a poucos dias do final da exercício (acabou no dia seguinte à AG de sábado), portanto os valores devem estar certos praticamente ao cêntimo. Ora, no que diz respeito ao orçamento para a época 2019/2020, Frederico Varandas e seu pares propõem que o Sporting desça o seu orçamento para as modalidades face ao que foi gasto em 18/19, para os 8.027.203,00€. Um desinvestimento de 2.303.773,00€. Um decréscimo de 22,3% face ao investimento feito em 2018/2019. Meus senhores, falamos de mais de um quinto do orçamento que "vai ao ar". 

Enganar os sócios à descarada


Em vez de justificarem os reais motivos pelos quais reduzem o orçamento das modalidades de 19/20 em 22,3% face ao valor executado em 18/19, este conselho Directivo arranjou uma narrativa para enganar os sócios. Dizem estes senhores que o orçamento das modalidades de 19/20 é superior ao de 17/18, ano em que o Sporting venceu os 4 títulos nacionais nas suas modalidades de pavilhão. Isso é realmente um facto. O orçamento das modalidades de 19/20 é superior ao valor executado em 17/18 em pouco mais de 16 mil euros. O que estes senhores ocultam propositadamente, por forma a enganarem os sócios é que em 19/20 há mais uma modalidade (basquetebol) do que em 17/18. Modalidade que terá um orçamento a rondar os 800 mil euros.

Ou seja, se estes senhores fossem sérios e quisessem fazer uma comparação entre o montante executado em 17/18 para as modalidades com o orçamento de 19/20, teriam de retirar o valor do orçamento do Basquetebol. E se o fizessem perceberiam que o orçamento para as mesmas modalidades seria de apenas 7,2M em 19/20 contra os pouco mais de 8M em 17/18. Mas como não são sérios, enganam deliberadamente os sócios do Sporting.

Para quem precisa de um desenho


Os 10,3M investidos nas modalidades em 2018/2019 renderam a época com mais sucesso Internacional dos 113 anos de vida do clube (7 títulos internacionais). De acordo com o Conselho Directivo do Presidente Varandas, este exercício económico terminará com lucro na casa dos 140 mil euros. Portanto, apesar de todo o investimento acabamos o ano com lucro e com a época com mais conquistas internacionais da história do clube. Se foi assim em 18/19, porque raio vamos desinvestir 22% em 19/20?

O que os sócios do Sporting aprovaram no Orçamento de 19/20 foi um corte de 3M de euros nas modalidades que tínhamos em 18/19. Um valor que se subtrai ao orçamento do Basquetebol, que entra para o clube esta época, com custos que andam na casa dos 800 mil euros. Ou seja, com mais uma modalidade o Sporting passou o orçamento das modalidades dos 10,3M para os 8M, em números redondos. Um desinvestimento que anda na casa dos 22%. E tudo isto, repito, com mais uma modalidade de pavilhão. Mas mais, para os desatentos importa recordar que esta época antecede os Jogos Olímpicos de Tokyo, logo, o orçamento deveria até ser reforçado para trazer atletas com capacidade para engrandecerem o projecto olímpico leonino, que diz tanto ao Sporting e aos Sportinguistas. São já 146 atletas olímpicos e 9 medalhas conquistadas. Mas isso deve importar pouco para estes senhores. Quando a imprensa diz que um campeão como Nélson Évora está na porta de saída do clube devido ao desinvestimento e o clube nem sequer reage...

Foi por isto que me posicionei contra esta orçamento do desinvestimento, meus amigos. Tão simples quanto isto. Mas os sócios votaram e são soberanos. Vamos em frente com estes orçamento do desinvestimento. 

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