quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

A maior manifestação contra uma Direcção da história do desporto nacional


As imagens que todos vimos da manifestação contra a Presidência de Frederico Varandas, do passado dia 9 de Fevereiro, não deixam dúvidas. Com larga margem, esta foi a maior manifestação contra um Presidente de um clube na história do desporto nacional. Vou repetir: a maior manifestação contra um Presidente de um clube na história do desporto nacional! Reforço de outra forma. Nunca em mais de um século de existência de entidades desportivas, o país tinha visto tamanha manifestação contra a Presidência de um clube desportivo.

Crise!? Qual crise!?


Deixei passar estes dez dias para com alguma distância analisar esta matéria, dando tempo para que todos os comentadores, analistas e afins pudessem dar a sua opinião. Passado todo este tempo é absolutamente delicioso ver o silêncio total em torno deste assunto. A imprensa ficou apenas pela notícia da manifestação e algumas reportagem no próprio dia. Nos dias seguintes, nenhum órgão de comunicação social achou interessante fazer uma peça ou debate sobre os motivos que levaram à maior manifestação contra a presidência de um clube na história do desporto nacional. Nem mesmo a CMTV, que noutros tempos fazia painéis rotativos noite dentro para debater a crise do Sporting. Nem sequer os cronistas da praça, acharam o tema interessante para os seus escritos.

Sintoma claro do branqueamento da crise leonina é precisamente o facto de nenhuma imprensa associar a palavra "crise" ao momento que o clube vive. Já tinham reparado nisto? Para os menos atentos, o Sporting vai bem e recomenda-se. Ora, se assim é, por que será que tantos Sportinguistas decidiram dar a cara contra o conselho directivo de Frederico Varandas? Não seria normal a imprensa procurar a resposta a esta questão? Não é relevante? Não é um conteúdo apelativo?

Obviamente, as alegadas agressões que terão ocorrido no Multidesportivo, sobre as quais falei (aqui) retiraram o foco. E digo, "alegadas", porque as imagens que recentemente foram mostradas não mostram as agressões. Talvez um dia apareçam as imagens de video-vigilância da zona do elevador propriamente dito. Curiosamente, dez dias depois da altercação, os meliantes continuam sem ser levados à justiça. E isto quando toda a gente sabe quem são, onde moram e o que fazem. Estamos à espera do quê?

Mas este virar de foco para a altercação em detrimento da manifestação impede que a maior manifestação de sempre contra uma Presidência de um clube desportivo em Portugal seja analisada?

Quantos foram? Quem foi? O que queriam?


Como é normal, os órgãos de comunicação social deram resposta a estas três questões relacionadas com a manifestação. Para responder a estas questões consultei notícias dos jornais semanários (Expresso e Diário de Notícias), dos 3 jornais diários generalistas (Público, JN e CM), das três principais rádios (Antena 1, TSF e RR), das quatro principais televisões (RTP, SIC, TVI e CMTV), assim como os três diários desportivos (Record, Ojogo e Abola). Ao todo, consultei 15 órgãos de comunicação social.

Vamos por partes. Começo pelos semanários Expresso e Diário de Notícias.

Diário de Notícias e Expresso

Como podem verificar, os semanários apontam para os 3000 adeptos que "pediram a demissão de Frederico Varandas".

Passando aos jornais generalistas diários, é este o panorama.

Jornal Público
Para o Público, "a demissão do presidente foi exigida por cerca de três mil adeptos".

Jornal de Notícias
O Jornal de Notícias não garantia os três mil adeptos como o Público, mas garantia que "mais de 2 mil adeptos juntaram-se em Alvalade e exigiram a demissão do presidente".

Antena 1, TSF e Rádio Renascença

Olhando para as três grandes rádios, todas dizem que "3 mil adeptos pedem demissão de Varandas". O mesmo aconteceu com as três principais televisões: RTP, SIC e TVI.

Vejamos agora os desportivos:

Jornal Abola
No Jornal Abola são referidos "mais de três mil adeptos do Sporting".

Jornal Ojogo
No Jornal Ojogo não se quiseram comprometer definitivamente e falaram apenas em "milhares de adeptos".

Os oficiais de propaganda da direcção de Frederico Varandas


Olhando para o Correio da Manhã, que fez apenas 2 parágrafos sobre a manifestação, verificamos que também consideram que estiveram três mil pessoas na manifestação, só que não eram adeptos, mas sim "claques". Algo que nenhum outro meio de comunicação social ousou dizer. 

Correio da Manhã
Mas se a versão do Correio da Manhã é boa, o que dizer da versão do Jornal Record, jornal oficial de propaganda da direcção de Frederico Varandas? Se ainda há alguém com dúvidas, fiquem com mais uma prova disso mesmo.

Jornal Record
Portanto, para o jornal Record não estiverem nem "três mil adeptos", nem "mais de dois mil adeptos", nem "milhares de adeptos". Estiveram apenas e só "um milhar de adeptos, afectos às claques Juventude Leonina e Directivo Ultras XXI". Digam lá que isto não é genial!? Toda a imprensa aponta para os três mil manifestantes, com excepção do JN que aponta para "mais de duas mil pessoas" e para o Ojogo que diz que eram "milhares de adeptos". Mas para o jornal Record eram apenas e só mil adeptos. E como se pode ler, eram adeptos, mas das claques. Todos das claques, porque como toda a gente sabe, com excepção da "escumalha", todos os Sportinguistas amam a direcção de Frederico Varandas. Ora digam lá que isto não é absolutamente fantástico!?

Perigoso grupo de Ultras da Juve Leo na manifestação contra Frederico Varandas 

Mas ainda há mais! É que ao contrário de todos os outros órgãos de comunicação social que davam conta que o objectivo dos manifestantes era a demissão de Frederico Varandas, eis que o Jornal Record encontrou a verdadeira razão do protesto. Segundo estas senhores, os manifestantes foram apenas "para demonstrar o descontentamento com o rumo que tem sido seguido pela direcção de Frederico Varandas". Genial!!!

Nada que surpreenda os Sportinguistas mais atentos ao "trabalho" desenvolvido pelo jornal oficial de propaganda da direcção de Frederico Varandas. Curiosamente, o mesmo jornal que lançou em primeira mão a auditoria de gestão. Um jornal que publicou documentação privada do Sporting, mas que ainda assim continua a ter todos os exclusivos do Sporting, como ainda recentemente aconteceu com uma grande entrevista de Frederico Varandas, que ocupou as páginas do jornal por dois dias.

Alguém acha normal que o Sporting dê todos os exclusivos ao jornal que prejudicou gravemente a vida interna do clube ao divulgar a auditoria de gestão? Então o Sporting ajuda quem tanto prejudicou o clube? A não ser que tenha acontecido o que toda a gente acha que aconteceu, mas que ninguém tem coragem de dizer publicamente. No fundo é o mesmo terreno pantanoso que os portugueses pisaram em relação a Isabel dos Santos e à sua fortuna ou em relação ao racismo que existe na sociedade portuguesa. Se o início de 2020 deslindou estas duas questões, pode ser que também nos traga novidades na lista dos grandes mistérios leoninos do século XXI. Se assim não for, podemos todos continuar a citar o nosso Presidente da Mesa da Assembleia Geral relativamente ao leak da auditoria: "Agora já está, já está!".

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terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Os inadmissíveis acontecimentos no multidesportivo


Esta crónica deveria ser sobre a enorme manifestação de Sportinguistas à porta do multidesportivo no último domingo. Infelizmente, ao mesmo tempo que ocorria a manifestação, ocorreram factos que merecem subir até ao topo da agenda, deixando para segundo plano a manifestação (farei post noutra oportunidade). 

O essencial


Não preciso saber grandes pormenores para tecer desde logo algumas considerações. Confirmando-se as agressões aos membros do CD e a uma filha de um deles, como Sportinguista só posso lamentar profundamente o sucedido. Não há divergência nenhuma que seja justificação para ser resolvida à pancada com elementos dos órgãos sociais do clube. Muito menos, quando uma menor está junto do seu pai. Bem ou mal, foram eleitos pelos sócios e merecem respeito, tal como todos os sócios também o merecem. Independentemente de ter existido ou não alguma troca de palavras ou falta de respeito, nada justifica passarem para a agressão. 

Da parte do Sporting espero que dêem toda a assistência ao processo e que vão até às últimas consequências para que os culpados sejam levados à justiça. Adicionalmente, e na eventualidade de se conseguir identificar os culpados, e caso sejam sócios, espero uma rápida actuação por parte do Conselho Fiscal e Disciplinar. Esta gente não pode continuar a ser associada do Sporting CP. 

Quanto a todas as contradições relativas a este caso que foram sendo passadas ao longo das últimas 24 horas, é tempo de deixarmos as autoridades investigarem para que a verdade seja apurada. Tudo o que se possa dizer agora será mera especulação. Que se faça justiça!

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domingo, 9 de fevereiro de 2020

Varandas vs Varandas - Da "dignidade" ao "histerismo e cobardia"


Estou certo que os Sportinguistas estão bem recordados das declarações do Presidente Frederico Varandas no final da meia-final da Taça da Liga na época passada. Na altura, após vencermos o Braga no desempate por pontapés de penálti, o Presidente leonino quis dar uma lição aos Sportinguistas e ao mundo sobre como se deve reagir a uma derrota. Cerca de um ano depois, tudo mudou.

Vejam o vídeo seguinte e tirem as vossas conclusões. 

Varandas vs Varandas - Da "dignidade" ao histerismo e cobardia"



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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

O "Idiotorial" de Frederico Varandas


Na primeira edição do Jornal Sporting após a venda de Bruno Fernandes, o Presidente Frederico Varandas decidiu tomar o lugar de Rahim Ahamad e escrever ele próprio o editorial do jornal Sporting. Que me recorde, esta foi a segunda ocasião em que o actual Presidente do clube decidiu escrever o editorial do Jornal, sendo que a primeira ocasião serviu para perspectivar o ano de 2020.

As referências de Frederico Varandas


Desta feita, a peça intitulada de "Bruno Fernandes", foi uma espécie de ode aqueles que Frederico Varandas considera como "referências". Vejamos:


Como podem verificar, o Presidente Frederico Varandas começa o seu texto dizendo que "ao longo da sua história este clube centenário viu partir grande jogadores", e de seguida passou a enumerar esses jogadores, acabando o parágrafo com uma palavra para "outras referências", para além das citadas anteriormente.

Como é lógico, este texto é um absoluto escarro para todo e qualquer Sportinguistas que ame o clube e que conheça minimamente a sua história e o passado destes jogadores. No lote de nomes que Varandas cita como "referências" estão figuras como as de Simão Sabrosa, Bruma, William Carvalho, Rui Patrício ou João Moutinho. Relevo particularmente estes cinco nomes, porque são consensuais no universo leonino como "personas non gratas" ao clube.


As "referências" de Frederico Varandas


É realmente necessário recordar tudo o que Simão Sabrosa fez e disse sobre o Sporting desde saiu do Barcelona para o Benfica? É realmente necessário recordar o processo que Bruma colocou ao Sporting e que visava a sua saída a custo zero sem ter qualquer razão? É realmente necessário relembrar que William Carvalho e Rui Patrício, capitães do Sporting, decidiram rescindir contrato com o clube, sendo que este último foi até quem deu o pontapé de saída nas rescisões? É realmente necessário recordar a forma como João Moutinho abandonou o Sporting?

Umas atrás das outras


Este é apenas e só mais um episódio de uma longa lista de atropelos à memoria e sentimento dos Sportinguistas. Um atropelo que tem sido recorrente por quem momentaneamente lidera o clube. Falamos da mesma direcção que quis homenagear a Luís Boa Morte em Alvalade, e que só por pressão dos Sportinguistas acabou por ser cancelada.

Link da notícia (aqui)
Falamos da mesma direcção que achou por bem fazer de William Carvalho convidado de honra para os camarotes de Alvalade.


Falamos da mesma direcção que decidiu fazer regressar ao Sporting um rapaz chamado Tiago Ilori. O mesmo rapaz que "estava preparado para ficar dois anos sem jogar" para poder sair do Sporting a custo zero, precisamente na mesma altura em que Bruma tentou rescindir com o clube. Curiosamente, neste mercado de inverno, Frederico Varandas tentou despachar o jogador para a Turquia, mas o jogador rejeitou.

Link da notícia (aqui)
Mas o exemplo mais sintomático desta total falta de valores leoninos está colado nas paredes dos corredores da Academia do Sporting.


Neste mural colocado propositadamente pela direcção de Frederico Varandas, Rui Patrício é apresentado no lote de jogadores que "lideraram pelo exemplo". E de facto, liderou. Foi Rui Patrício quem liderou o processo de rescisões de contrato com o Sporting no pós-Alcochete. É este o exemplo que Frederico Varandas e seus pares querem que os nossos jovens jogadores vejam diariamente.

Para fechar


Este "idiotorial" mostra também o quão miserável é Frederico Varandas, ao ocultar de forma claramente intencional o nome de Bas Dost da listagem dos grandes goleadores da história do Sporting. Não só por uma questão de justiça, por se tratar de uma dos grandes avançados da nossa história, mas também porque como é público, até eram "amigos de casa", antes do holandês ser escorraçado. Algo que é bem demonstrativo das qualidades humanas deste senhor.

O Sporting sob a actual liderança é um clube sem respeito próprio, sem noção do seu passado, sem noção dos seus valores, sem sensibilidade pelo sentimento dos sócios, e sobretudo, sem memória. Este Sportinguezinho que Frederico Varandas nos apresenta tem de rejeitado liminarmente por todos os Sportinguistas, antes que seja demasiado tarde. Até ao momento Frederico Varandas ainda não é o pior presidente da história do Sporting, porque infelizmente tivemos de levar com Godinho Lopes. Mas o título de presidente que mais envergonhou os Sportinguistas, já ninguém lho tira.


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terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

Todos juntos... não dão um Nani


Fez ontem um ano desde o última dia em que Nani vestiu a camisola do Sporting. Como se sabe, o então capitão do Sporting foi oferecido a "custo zero" pelo Presidente Frederico Varandas. Uma oferta feita numa altura em que o jogador formado na nossa Academia era apenas e só, o "extremo" dos grandes com melhor rendimento" - (aqui).

Do "casa vai sendo arrumada" até ao "Obrigado, capitão!" 


Em Fevereiro de 2019, foi desta forma que o Jornal Sporting noticiou a saída do capitão leonino.

Como podem verificar, Nani não teve sequer direito a um destaque de capa. No interior não há uma notícia dedicada à saída do capitão. O Sporting optou por fazer uma notícia genérica cujo subtítulo começa com um abominável "Casa vai sendo arrumada", Como se um jogador que tanto deu ao clube pudesse sequer ser incluído num arrumar de casa. Mas o Nani ainda teve de levar com a classificação de "ex-capitão", num texto que começa com um terrível "O Sporting continua a trabalhar no reajuste do plantel às ordens de Marcel Keizer".

Vejamos agora a forma como o Jornal Sporting abordou a saída do também capitão Bruno Fernandes.


Curiosamente, Bruno Fernandes já teve direito a capa e felizmente não teve de levar com o rótulo de "ex-capitão". Adicionalmente, homenagem do Sporting com entrega de camisola comemorativa dos 137 jogos pelo Sporting e até um editorial Presidencial dedicado à saída de Bruno Fernandes.

E não me interpretem mal. Não tenho absolutamente nada contra o destaque dado a Bruno Fernandes. Agora, não posso é aceitar que estes mesmos senhores tenham ignorado Nani e depois tenham feito este escarcéu com o Bruno Fernandes. Dois capitães do Sporting que acabam por sair a meio das temporadas. Sobre a saída de Nani e a falta de reconhecimento já falei no devido tempo (aqui). Fica apenas mais uma nota que não poderia deixar passar em claro.

Todos juntos... não dão um Nani


Vejamos os números dos 5 extremos escolhidos pelo Presidente Varandas e a sua equipa para fazerem parte do plantel para a época 2019/2020.

Ora bem, os extremos do plantel 2019/2020 todos juntos realizaram 68 partidas num total de 3319 minutos jogados. Todos juntos, tiveram participação directa em 11 golos do Sporting (marcaram 5 golos e conseguiram 6 assistência).

Ora, comparando com o mesmo período na época 2018/2019 e verificando os números de Nani, são estes o resultados:


Portanto, em igual período na época passada, Nani realizou 28 jogos pelo Sporting onde teve participação directa em 16 golos (marcou 9 e assistiu para 7 golos).

Para fechar


Bolasie, Jesé, Camacho, Plata, Jovane e Fernando foram os extremos escolhidos para darem "asas"  ao ataque do Sporting nesta época. Falamos de 5 jogadores que todos juntos não conseguem sequer chegar perto dos números obtidos por Nani na época passada. Esta gente toda participou em 11 golos (5 golos e 6 assistências). Na época passada, no mesmo período, Nani participou em 16 golos (9 golos e 7 assistências).

Estes números são cabais quanto à valia do então capitão do Sporting na equipa. Infelizmente, o Presidente Frederico Varandas e seus pares preferiram despachar Nani pela porta pequena, depois de o jogador formado na nossa Academia ter regressado ao Sporting num momento complicado da história do clube. Enquanto uns desertavam para encherem os bolsos às custas do Sporting, Nani decidiu regressar a casa, quando podia perfeitamente ter ido para um qualquer clube a ganhar muito mais. Nem isso foi reconhecido por esta gente.

Isto depois de já ter mostrado por duas ocasiões o seu Sportinguismo. Primeiro aquando do momento da saída para o Manchester United, fazendo o Sporting ganhar 2,5 milhões de euros adicionais. Recordo que foi vendido por 22,5M quando tinha cláusula de rescisão de 20M, mas como tinha dado a sua palavra de honra para a renovação do contrato com o Sporting - aumentando a cláusula para os 25M - só aceitou a transferência se o Sporting fosse ressarcido de um montante adicional, o que veio a acontecer. Recordar também o regresso ao Sporting em 2014/2015 por empréstimo, numa altura em que tinha apenas 27 anos. Será que os Sportinguistas estão esquecidos daquela recepção apoteótica no Aeroporto da Portela?

O tempo dos balanços relativos a algumas decisões da Presidência de Frederico Varandas está a chegar e o balanço da decisão de escorraçar Nani para ir buscar Jesés, Bolasies e Fernandos está à vista de todos. E depois os Sportinguistas que criticam estas decisões absurdas é que são os "burros", os "cientistas da bola", os "esqueletos", a "escumalha", os "sonsos" e os "desonestos intelectualmente".


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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Frederico Varandas oferece 1,237 Milhões de euros


Se há coisa que não se pode negar é que este Sporting presidido por Frederico Varandas é inovador. Só é pena que sejam sempre "inovações" em prejuízo do Sporting. Vamos a mais uma. 


Mecanismo de solidariedade a "meias"


Comunicado venda Bruno Fernandes
No comunicado à CMVM onde o Sporting anuncia a venda de Bruno Fernandes é dito que "o valor do Mecanismo de Solidariedade devido a clubes terceiros será suportado pela Sporting SAD e pelo Manchester United, em partes iguais.".

Estamos então perante mais uma fantástica inovação de Frederico Varandas e seus pares, pois como toda a gente sabe, quem fica com a responsabilidade de pagar o mecanismo de solidariedade é sempre o clube comprador. 

O exemplo da compra de Bruno Fernandes à Sampdoria


Para que não restem dúvidas, continuo mesmo no exemplo de Bruno Fernandes analisando a forma como se processou a sua transferência da Sampdoria para o Sporting. 

ReC Sporting SAD 2017/2018
Como podem verificar, aquando da transferência de Bruno Fernandes da Sampdoria para o Sporting, fomos nós quem pagou 340 mil euros de "mecanismo de solidariedade". Neste caso em concreto e na idade que Bruno Fernandes tinha na altura, falamos de 4% do valor total da transferência (8,5M x 4%= 340 mil euros). 

O que diz o Regulamento de transferências?


Quer o Regulamento de Transferências da Fifa, quer o regulamento de transferências da FPF são inequívocos nesta matéria. 

Regulamento de transferências da FIFA (aqui)
Como podem verificar, "o novo clube deve pagar a contribuição de solidariedade". Volto a frizar, "o novo clube". Falamos, como é óbvio do Manchester United. Mas há mais. No ponto 2 deste artigo é inclusivamente dito que "se necessário, o jogador deve ajudar o novo clube a cumprir esta obrigação". 

Para que não restem dúvidas, deixo também o print do regulamento de transferências da Federação Portuguesa de Futebol. 

Regulamento de transferências FPF (aqui)
Sem margem para dúvidas, "a contribuição de solidariedade é paga pelo clube que regista o jogador"

Quanto nos vai custar esta "inovação" de Frederico Varandas?


No momento da venda, a taxa do mecanismo de solidariedade passa dos 4% aquando da nossa compra à Sampdoria para 4,5%, uma vez que agora já é incluído o ano que passou na Sampdoria. 


Feitas as contas verificamos que só em termos de mecanismo de solidariedade a transferência de Bruno Fernandes rende aos clubes formadores 2,475 milhões de euros, sendo que o Sporting, pelo acto genial do Presidente Varandas tem de suportar metade desse montante. Falamos de 1.237.500,00€. 

Por certo o Presidente Varandas terá todo o gosto em passar um cheque de 137.500,00€ ao Pasteleira, um cheque de 412.500,00€ ao Boavista, um cheque de 137.500,00€ ao Novara, um cheque de 412.500,00€ à Udinese e um cheque de 137.500€ à Sampdoria. 

Para fechar


Mas alguém acha isto normal? Alguém acha normal que o Sporting se sujeite a pagar metade do mecanismo de solidariedade num negócio onde o comprador é sempre responsável por esse pagamento? Alguém acha normal que o Sporting tenha este comportamento quando falamos apenas e o só do clube mais rico do mundo? Mas isto cabe na cabeça de alguém? Termino com a questão habitual aos Sportinguistas. É este o tipo de gestão que querem ver no Sporting?


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