A Final 4 da Taça da Liga serviu de prova dos nove para atestar da incompetência do conselho de arbitragem e para perceber que as missas vão continuar, mesmo com VAR. Vamos por partes.
Uma confusão à portuguesa
A Taça da Liga é uma organização da Liga de clubes, mas as nomeações dos árbitros são geridas pela FPF através do conselho de arbitragem. Contudo, quem paga aos árbitros é a Liga, ou seja, os clubes. Por outro lado, quem paga os custos associados ao VAR no campeonato é a FPF. Confusos? Também eu.
Vejamos se nos entendemos. A Liga tem feito um esforço brutal para prestigiar a Taça da Liga. Encontrou um patrocinador para a competição, implantou um modelo de final 4 que é interessante, desenvolveu parcerias para passar a fase final em canal aberto, etc. (Sobre esta organização da Final 4 falarei noutro post).
Por outro lado, temos a FPF que para quem ainda não percebeu, quer esvaziar completamente os poderes da Liga, contando para isso com o alto patrocínio do Estado lampiânico. Já falei sobre isso na altura da golpada no parlamento, em que os deputados do PSD se preparavam para fazer passar pela "porta do cavalo" (aqui) uma legislação para retirar o poder de regulamentação disciplinar e de arbitragem da Liga e entrega-lo nas mãos da FPF, isto depois de o conselho de arbitragem já ter sido desviado para a FPF. Curiosamente, ficamos a saber que um desses senhores deputados proponentes até é membro do conselho de disciplina da FPF e outro tem comunicações regulares com o Benfica entregando documentação confidencial (aqui).
Como é que querem que os clubes levem a sério a competição?
A FPF e a Liga vivem num clima de paz podre, que ficou bem patente nos últimos dias. Vamos pensar um pouco. Sendo uma competição organizada pela Liga, os clubes têm todo o interesse que seja um sucesso. O caminho para a credibilização da competição tem sido trilhado e na edição deste ano os três grandes encararam a prova para ganhar, ao contrário de anos anteriores. Vimos os jogos em que os grandes participaram e apercebemo-nos que os treinadores escolheram os seus melhores jogadores para irem a jogo. Melhor exemplo do que o recente clássico entre o Porto e o Sporting não há. Infelizmente, as duas equipas até perderam jogadores influentes na manobra das equipas, por precisamente meterem toda a carne no assador, como diria Quinito. Falo de Gelson e Danilo.
Os melhores ficam em casa
Ora, se os treinadores escolheram os melhores jogadores, não seria também lógico que o Conselho de arbitragem escolhesse também os melhores árbitros para estes 3 jogos decisivos? Se queremos credibilizar uma competição temos de ter os melhores a apitar estes jogos, para não acontecerem roubos de igreja como na final de 2009. Foi esse o momento chave que descredibilizou por completo a competição e subsiste até aos dias de hoje. Ainda hoje a competição é conhecida como Taça Lucílio ou taça da carica, por causa desse momento. Mais uma razão para definitivamente o Conselho de arbitragem da FPF escolher os melhores.
Seria lógico que José Fontelas Gomes, o treinador dos árbitros, escolhesse os três nomes dentro do lote de internacionais, que são os principais árbitros nacionais. Mas não foi isso que o presidente do Conselho de arbitragem fez. A escolha recaiu em três figurinhas absolutamente medíocres do apitadeiro nacional: Manuel "dos talhos" Mota, Nuno "Ferrari Vermelho" Almeida e Rui Costa que foi agraciado com uma final quando está a fazer uma época absolutamente vergonhosa. Curiosamente, Rui Costa é irmão de Paulo Costa, vice-presidente do Conselho de arbitragem. Coincidências.
O árbitro da final
Vou só deixar dois exemplos de lance protagonizados por Rui Costa durante esta época que ficarão por certo na memória dos adeptos: A agressão de Eliseu a Diogo Viana e o penálti não assinalado por falta evidente sobre Gelson, depois de duas visualizações nos ecrans do VAR.
Mais um jogo, mais uma roubalheira
Fiz questão de retirar o vídeo da RTP para mostrar as reacções dos inseparáveis Manuel Fernandes Silva e de Bruno Prata, que demoraram uma eternidade a perceber o lance. Importa realçar que na Sporttv a análise de Luís Freitas Lobo foi praticamente imediata, vislumbrando claramente a mão do jogador do Vitória. Tirando esse pormaior, vamos ao que importa.
Missa sem sacristãos
Importa relembrar nas meias-finais o conselho de arbitragem nomeou árbitros de baliza, sendo que tal não aconteceu neste jogo por clara incompetência de José Fontelas Gomes e seus pares, como já expliquei (aqui). Este lance é o exemplo perfeito da utilidade de um árbitro de baliza. O árbitro de baliza estaria em cima do lance e não teria problemas em verificar a mão do jogador do Vitória, coisa que Rui Costa e restantes auxiliares de campo não conseguiram fazer. Se tivesse sido definido que não seriam utilizados árbitros de baliza durante toda a competição, não haveria problema nenhum, até porque ninguém levantaria a questão. Agora, ver a equipa de arbitragem das meias finais para a final ser reduzida em dois elementos não cabe na cabeça de ninguém. Então no jogo mais importante da competição é que se retiram meios que podiam assegurar a verdade desportiva?
Um verdadeiro artista
Porque será que só Rui Costa é que vai ao monitor rever os lances? Para o VAR dar a indicação é porque tem a certeza absoluta que é pontapé de penálti. Não sei se é desconfiança em relação ao colega que estava no VAR ou se dava jeito retardar a partida. Depois, porque raio é que demorou tanto tempo para verificar um lance tão evidente? Recordo que quando Rui Costa se dirige ao monitor as imagens já foram cortadas pelo VAR para o processo ser ainda mais rápido. A imagem que vemos no lado esquerdo do ecran quando aparece a indicação "videoárbitro" é precisamente aquilo que Rui Costa estava a ver.
Mas há questões ainda mais importantes do que isso. Porquê é que Rui Costa não exibiu o cartão vermelho ao jogador do Vitória? Então uma defesa com a mão de um jogador de campo em cima da linha de golo não é para vermelho? Se isto não é para vermelho não sei o que será. Há uma teoria que diz que o guarda-redes estava atrás do jogador e podia chegar à bola. Se a questão for essa nunca será vermelho para nenhum defesa, uma vez que os guarda-redes estão sempre atrás dos defesas.
Obviamente, seria lance para cartão vermelho e que deixaria o Vitória de Setúbal empatado e com menos um jogador durante o assalto final do Sporting à baliza adversária. Não expulsou porque não quis! O Jorge Jesus explica bem a situação.
E depois de tudo isto, o artista dá 5 minutos de compensação. Só para a análise da decisão do pontapé de penálti foram gastos 5 minutos. Depois, há que somar as substituições, que segundo as regras devem ser compensadas em 30 segundos cada. Como foram efectuadas 4 substituições na 2ª parte estamos a falar de mais 2 minutos. E depois vários jogadores do Vitória de Setúbal foram assistidos e as perdas de tempo por parte do foram constantes. No mínimo, 10 minutos de compensação teriam de ser dados.
O padre estava com pressa para acabar com a missa e levar o jogo para a marca dos pontapés de penálti. Teve azar que o rapaz que deveria ter sido expulso acabou por ser decisivo ao falhar uma grande penalidade que permitiu ao Sporting conquistar o troféu.
O padre estava com pressa para acabar com a missa e levar o jogo para a marca dos pontapés de penálti. Teve azar que o rapaz que deveria ter sido expulso acabou por ser decisivo ao falhar uma grande penalidade que permitiu ao Sporting conquistar o troféu.
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Que ninguem se iluda! Apesar dos mails, vouchers, etc, a vontade de nos f.derem é a mesma. Valha-nos o VAR, que se isto tivesse sido o ano passado eramos eliminados num instante
ResponderEliminarEu deixei de ser anjinho enquanto esse tipo estiver na arbitragem , um vigarista que pede bilhetes ao benfica não está no futebol sómente e nota-se de longe que está comprometido com o polvo, olhem só um pede bilhetes e o outro dono da taça lucilio está no conselho de arbitragem esses dois já há muito que deveriam estar afastados de qualquer instituição , cheiram demasiado a corrompidos desonestos
ResponderEliminarse os dois nao estivessem comprometidos com o polvo ha muito que os arbitros visados nos emails estavam afastados
ResponderEliminar«Para o VAR dar a indicação é porque tem a certeza absoluta que é...»
ResponderEliminarFoi isso que fez o Artur VAR Dias ao anular o golo do Soares ?!
Quanto ao pretenso vermelho, apenas pergunto:
Se o defesa não tem dado mão era golo ?!
Claro que não, portanto não evitou nenhum golo, apenas deu mão dentro da área.
Bruxo Nhaga és tu? Ou és simplesmente imbecil? O "golo" do Soares é unânime em TODA a comunicação social desportiva que foi bem anulado, o TEU especialista em arbitragem afirmou no Porto Canal que era bem anulado (assim como admitiu que era penalty sobre Bas Dost que não foi assinalado)...
EliminarAgora, quem te garante que não era golo, minha Maya de trazer por casa? Viste o futuro foi? Mete mais tabaco nisso... é com cada ameba...
E entretanto bruno paixão do belem-carnide..
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