Existe, hoje, razoável número de ex-árbitros, como eu, emitindo opinião sobre arbitragem. Há poucos que, podendo orgulharem-se da carreira, sem olvidar erros próprios, expressam opinião convicta, denunciam falhas, sugerem correções. Outros, agradecidos, reconhecidos pela forma como foram apoiados, considerados e “promovidos” sem competência para função, que sempre viveram no cinzentismo (viver não custa, custa saber viver), são delicodoces na escrita ou no dizer, falam pela metade, endrominam leitores e ouvintes na presuntiva defesa cega (maior cego é o que não quer ver) da classe.
Classe cujos problemas não se resolvem com reuniões, meias palavras ou show-off como ocorrido duas semanas atrás. Resolvem-se com gente que saiba e seja capaz de cumprir regulamentos, não viva no limbo da promiscuidade. Quem exerce o amiguismo, protecionismo e transgride normas que deve zelar, contribui para desresponsabilização dos dirigidos, fomenta oportunismo, descredibiliza setor e põe a nu modo como desenvolveu seu percurso.
Como pode o CA da FPF exigir dos seus filiados quando incumpre com Regulamento de Arbitragem? Aquele documento proíbe colaboração ao setor de quem mantenha relação com comunicação social. Porquê admitir que o Sr. Duarte Gomes, que escreve em jornal desportivo (Ok! Dou de barato ser título conveniente) e comenta em canal de TV, na primeira meia-final da Taça da Liga tenha integrado grupo que ajudou equipa de arbitragem com sistema de VIDEO-GOLO? Talvez por fazer defesa bacoca de decisões de filiados como fez, relativamente ao terceiro golo do Boavista diante do Benfica, usando metade do texto da XI Regra – Fora-de-jogo e respetivas explicações ou, na apresentação do CA da AF Lisboa, qual paladino da verdade, diplomaticamente ter zurzido em ex-árbitros que não integram grupo de ben…quistos e órgãos de comunicação que os acolhem.
Jorge Coroado, in jornal Ojogo 27/01/2017
Deixo o link para dois artigos meus sobre esta temática:
Agradecer a todos pelo apoio. Se ainda não seguem o Mister do Café nas redes sociais, podem começar já.
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Obrigado Sr. Jorge Coroado por estas palavras. Sé tenho pena que antigos e actuais árbitros não tenham a coerência de dignificar a isenção como deveria de acontecer com qualquer individualidade que tenha de tomar decisões. A honestidade é uma das virtudes mais difíceis de manter incólume.
ResponderEliminarSe o coroado sabe mais do que diz, porque nao fala? É chamar os bois pelos nomes!! Senao é comprado como o outro da Madeira!!
ResponderEliminarEstá só à espera que lhe dêm um cargo... depois cala-se!
ResponderEliminarComo todos...
tudo dito!
EliminarOu comem todos ou há moralidade, como dizia o outro.
EliminarEste, pode ter muitos defeitos, mas frontalidade e coragem nunca lhe faltaram. E fala em ben...quistos, o que será?
ResponderEliminarOntem vi o rola, ex-árbitro que costuma estar na btv, a comentar num painel de ex-árbitros na tvi24 sobre lances duvidosos de vários jogos incluindo o Sporting-Paços de Ferreira. Foi uma excelente aquisição...
ResponderEliminarO amiguismo e o protecionismo são e foram sempre o cimento que sustenta o edifício da arbitragem, pelo que tal mundo tem pouco de edificante para mostrar. Os escândalos, no bem apitar, até não assume outras proporções, porque há transmissões televisivas e as imagens ainda que às vezes manipuladas, entram pelos olhos a dentro e não deixam mentir. O mundo da arbitragem continua podre como sempre.
ResponderEliminare ainda anda solto este troca tintas azul ...
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