Um dia depois de o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa ter decretado o Estado de Emergência, deu em Frederico Varandas uma súbita vontade de "voltar à guerra". Curiosamente, uma vontade que não teve no inicio desta pandemia.
A publicação na sua página de Instagram
Ao final do dia de ontem, o Presidente do Sporting anunciou nas suas redes sociais que iria voltar a servir o país.
A versão do Jornal de propaganda de Frederico Varandas
Como habitualmente, o Record, jornal de propaganda de Frederico Varandas, veio a terreiro tecer loas a Frederico Varandas, o "herói de Kandahar", o "Doutor Coragem", o "atirador de beijinhos aos sócios", o "arrancador de cabeças", o líder do "clube de malucos", entre outros epítetos.
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Capa Jornal Record 20/03/2020 |
Diz o Record que o "Presidente do Sporting pediu para ser reintegrado". Um verdadeiro bravo do pelotão nacional, que até teve direito a medalha de ouro, tal é a sua coragem.
E foi esta a encomenda com que o Record decidiu presentear os seus leitores. Se fossem jornalistas e não uns meros propagandistas do copy paste, podiam ter investigado o assunto e terem dado informações realmente relevantes aos seus leitores.
Varandas está de licença especial
Como se sabe, Frederico Varandas está de "Licença Especial" por ser membro eleito pelo PSD na lista de Fernando Seara para a Assembleia de Freguesia de Odivelas. O tal esquema que o Presidente Frederico Varandas usa para se libertar das suas obrigações militares, continuando a acumular estes anos de licença como tempo de serviço efectivo para efeitos de antiguidade, entre outras benesses.
Atentem bem na referência que o próprio Sporting faz ao artigo 33º da Lei da Defesa Nacional e das Forças Armadas. É com base nesse artigo que Frederico Varandas conseguiu a "licença especial".
Varandoon - O "bravo" do pelotão
Ora, da propaganda Varandoniana à realidade, vai uma diferença significativa. Vejamos o que diz o artigo 33º da Lei da Defesa Nacional.
Como podem verificar através do ponto 6 c) do artigo 33º: "A licença especial caduca, determinando o regresso militar à situação anterior, com a declaração de guerra, do estado de sítio e do estado de emergência".
Portanto, isto é o mesmo que dizer que a partir do momento em o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa decretou o Estado de Emergência, Frederico Varandas passou a ser automaticamente um militar no activo, conforme decorre da lei. Ou seja, o Presidente Varandas não é voluntário de nada. Cumpre apenas com as suas obrigações militares e se não o fizer completa os requisitos formais para ser designado por desertor. Um pequeno "pormenor" que escapou ao Jornal Record. Coisa pouca.
PS: No meio de tudo isto há um clube com milhões de adeptos, com centenas de funcionários e com um sem fim de problemas diários que surgem desta crise e que são necessários resolver. Um clube que tal como o resto do país está parado e que tem de encontrar forma de se reerguer quando esta crise passar. Bem, olhando um cantinha da capa do Record de hoje, se calhar até já se pode perceber que as soluções já estão a ser encontradas...
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