Nos últimos tempos muito se tem falado sobre o orçamento do Sporting (clube) para a época 2019/2020, sem que tenha havido um esclarecimento cabal do conselho directivo. A entrevista do Presidente Varandas e o artigo de Francisco Salgado Zenha, vice-presidente com a área financeira, não foram minimamente esclarecedoras. Apesar de algumas notícias na comunicação social, parece-me que os sócios do Sporting ainda não têm plena consciência da profunda mudança de estratégia que será levada a cabo, por isso, urge esclarecer os Sportinguistas com dados concretos. Vamos a isso.
Quotização
O artigo de Francisco Salgado Zenha no jornal Sporting trouxe poucos esclarecimentos, mas ainda assim ajudam a perceber a perspectiva do clube. Começo pela principal receita do clube: as quotizações dos sócios.
Aqui ficam os dados relativos aos últimos anos:
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* Previsão apresentada Francisco Salgado Zenha no Jornal Sporting 27/06/2019 |
Dividi o gráfico anterior em três momentos diferentes. A amarelo estão os dois exercícios de Godinho Lopes, a verde os exercícios de Bruno de Carvalho e a cinza o exercício de Frederico Varandas.
Existe um grande salto nos valores entre a presidência de Godinho Lopes e Bruno de Carvalho devido a uma das mais importantes decisões tomadas no clube nos últimos anos, que foi a decisão de canalizar a totalidade das receitas de quotização dos sócios para o clube. Até à entrada de Bruno de Carvalho parte destas receitas iam para a SAD.
O Presidente Bruno de Carvalho começou então com cerca de 6M de receitas de quotização em 2013/2014 e graças ao enorme número de associados que conseguiu trazer para o clube, deixou o Sporting com receitas de quotização na casa dos 9M por época. Falamos de um crescimento de 3M em 5 anos.
Como é do conhecimento público, o Sporting partiu para 18/19 com um orçamento por duodécimos, numa decisão absolutamente lamentável da comissão de gestão e da comissão de fiscalização. Depois de ganhar as eleições, o Presidente Varandas fez novo orçamento e apresentou-o aos sócios. Nesse orçamento, que foi aprovado por 56% dos votos em Novembro de 2018, o Presidente Varandas orçamentou que a rubrica de quotizações teria um valor de 9,7M.
Um montante muito elevado mas que foi justificado no próprio orçamento. Vejamos:
A realidade é que "o conjunto de iniciativas que estavam previstas para esta área" não apareçam, como é do conhecimento dos sócios. Ora, de acordo com o artigo publicado por Francisco Salgado Zenha no Jornal Sporting desta semana, os sócios ficaram a saber que afinal o Sporting irá facturar em 18/19 um montante que não chega aos 8,5M em quotizações. Uma diferença abissal de 1,2M de euros em relação ao orçamentado pelo Presidente Varandas.
Eu vou repetir para as pessoas não ficarem com dúvidas: o Presidente Varandas orçamentou receitas de quotização de 9,7M e vai fechar contas com apenas 8,5M, falhando o objectivo por uns incríveis 1,2M.
Pela primeira vez nos últimos 7 anos, o montante global das quotizações sofreu uma queda. E não foi uma queda pequena. Falamos de uma quebra de cerca de 500 mil euros, quando o Presidente Varandas e a sua equipa achavam que iamos crescer mais de 700 mil euros.
Para o orçamento de 19/20 que será apresentado hoje, o Conselho Directivo de Frederico Varandas orçamentou 9M em quotizações. Um montante ao qual o Sporting já tinha chegado no ultimo ano de presidência de Bruno de Carvalho e que mesmo assim é inferior em 700 mil euros em relação ao orçamentado em 18/19.
Quanto à principal receita do clube estamos falados, sendo que nesta fase toda a gente percebe os motivos pelos quais não conseguem aumentar as receitas de quotização.
Publicidade e patrocínios
Também no artigo do jornal Sporting, Francisco Salgado Zenha decidiu falar de outra área importante de receitas: a publicidade e os patrocínios. Vamos a números.
Em termos de publicidade e patrocínios, a administração de Bruno de Carvalho conseguiu elevar os números de Godinho Lopes para valores entre os 2,2M e os 2,4M. No artigo do vice-presidente pela área financeira é dito que esta rubrica fechará em 18/19 nos 2,359M quando tinha sido orçamentado pelo Presidente Varandas um valor pouco superior aos 2,5M. Portanto, mais uma vez, a execução ficou aquém do orçamentado, apesar de aqui os números não serem muito dispares. Falamos de pouco mais de 140 mil euros.
Nesta rubrica o problema é outro. Como é sabido, a administração de Bruno de Carvalho não negociava patrocínios abaixo dos valores que considerava justos para as suas equipas, preferindo ficar sem patrocínio nas camisolas de algumas modalidades ao invés de obter o valor possível. Ora, com a direcção de Frederico Varandas essa politica alterou-se e foram trazidos para o Sporting uma série de novos patrocinadores nomeadamente para o Voleibol, Hóquei em Patins e Andebol.
A realidade diz-nos que mesmo com a entrada desses novos patrocinados não se conseguiu alcançar os números da época 17/18 no que a esta rubrica diz respeito. Para a próxima época estão orçamentados 2,7M, mas também é preciso recordar que teremos a entrada do Basquetebol como modalidade oficial, o que gerará um aumento de patrocínios.
De qualquer forma, relativamente a esta rúbrica não há muito a dizer. Faço a análise do ponto para esclarecer os Sportinguistas.
De qualquer forma, relativamente a esta rúbrica não há muito a dizer. Faço a análise do ponto para esclarecer os Sportinguistas.
Bandalheira
Depois da análise das receitas, o artigo entrou na fase da bandalheira, senão, vejamos:
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Print Jornal Sporting |
Este foi o gráfico apresentado por Francisco Salgado Zenha no artigo que publicou ontem no Jornal Sporting. Ora, neste gráfico é suposto os Sportinguistas ficarem a ter conhecimento da evolução dos resultados líquidos do clube das últimas 10 épocas e ficarem com a estimativa do resultado do exercício de 2018/2019 que termina domingo.
O primeiro erro está logo no facto de se dizer "Real 2018/2019", quando o resultado apresentado não é real, uma vez que o exercício em causa ainda nem sequer terminou. Estamos perante uma estimativa feita por Salgado Zenha. Este é um pequeno pormaior, no meio de uma bandalheira total.
Depois reparem que o gráfico não tem eixo horizontal para separar os valores negativos dos positivos o que gera aqui uma tremenda confusão, especialmente no que diz respeito à tal estimativa para a época 18/19. Ainda poderíamos olhar para os valores e se o fizéssemos ficaríamos ainda mais confusos. Para quem não sabe, quando se apresentam valores entre parêntesis, significa que os valores são negativos, mas sabemos que nos últimos anos o clube tem dado lucros consecutivos, logo
não se aplica e é mais um sinal da total incompetência.
Portanto, para que as pessoas percebam melhor o que foram os resultados líquidos dos últimos 10 anos de Sporting (clube) eu faço um gráfico perceptível.
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Evolução REL (Sporting - clube) na última década |
Esta década fica claramente dividida a meio em dois períodos distintos. Uma primeira fase ainda com os últimos tempos de Filipe Soares Franco e depois os mandatos de José Eduardo Bettencourt e Godinho Lopes. Durante estes 5 anos de análise (2008 a 2013) o Sporting teve sempre resultados negativos e acumulou prejuízos de cerca de 18,5M. Com a entrada de Bruno de Carvalho no clube o panorama mudou por completo. Foram 5 anos (2013 a 2018) de resultados positivos consecutivos em que o lucro acumulado ficou na casa 16,8M. Ou seja, foram 5 anos a trabalhar para limpar o buraco deixado nos cinco anos anteriores. E isto acumulado com o grande desenvolvimento das modalidades do clube que voltaram a ganhar títulos europeus e nacionais e com a construção do Pavilhão João Rocha.
Por fim, ainda em relação aos resultados líquidos fica a dúvida no ar se os 140 mil euros colocado no gráfico como "real 18/19" - que na realidade são o valor estimado para essa época - serão lucros ou prejuízos. Nem Francisco Salgado Zenha no seu artigo, nem o Presidente Varandas na sua entrevista esclareceram o assunto. Por isso tenho de esclarecer eu. Segundo o que consegui apurar, o Sporting prevê que o exercício 18/19 termine com estes 140 mil euros de lucro. Importa recordar que nos últimos 5 anos o pior resultado obtido tinham sido os mais de 2M de euros de lucros em 2017/2018.
Bandalheira a dobrar
Se este primeiro gráfico foi mau, tenho que vos dizer que há ainda pior. Caros associados, apresento-vos os "gastos com o pessoal" à moda de Francisco Salgado Zenha.
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Retirado Jornal Sporting |
Ora bem, a primeira coisa que é importante esclarecer é que nas contas do Sporting existem duas rubricas relacionadas com vencimentos. Uma para os atletas e outra para os funcionários do clube propriamente ditos. Ora, a conta relacionada com os vencimentos dos jogadores é designada por "honorários". Até deixo a descrição que é colocada nos relatórios e contas do clube para que não restem dúvidas:
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Relatório e contas Sporting |
Por outro lado, os tais vencimentos com funcionários estão na rubrica designada por "gastos com pessoal". Aqui fica novamente um print com a explicação:
Ou seja, em bom rigor, quando o vice-presidente do Sporting com o pelouro financeiro faz um gráfico com os "gastos com o pessoal", quem analisa as contas percebe que se refere aos gastos com os funcionários "não desportivos" do clube, por assim dizer. E o que é que interessa trazer os gastos com funcionários para o jornal do Sporting? Absolutamente nada.
Quando olhei para os valores presentes no gráfico apercebi-me logo que a coisa não estava bem, mas confesso que o meu primeiro pensamento até foi de desculpabilização. No momento pensei algo do género: "O Zenha sabe perfeitamente que aquilo não são os gastos com o pessoal, mas colocou sob esse nome para que as pessoas menos familiarizadas com as contas tivessem a noção que são os valores relacionados com os vencimentos das modalidades". O problema é que mal olhei para os valores apercebi-me que nem se fosse esse o caso a coisa tinha sentido. Passo a explicar:
Quando se fala de orçamento de futebol ou das modalidades quer-se falar nos custos com os vencimentos dos jogadores e treinadores. É essa a base e é isso que importa analisar. Por exemplo, é errado olhar para o valor total dos gastos e perdas de um orçamento como sendo esse o valor do Orçamento das modalidades. O que é que o custo da luz, da água, dos funcionários da secretaria e por ai fora têm a ver com as modalidades em si? Absolutamente nada. Por isso é que nos orçamentos e nos relatórios e contas do Sporting existe essa clara separação entre os "gastos com pessoal", que são os gastos com os funcionários e os "honorários", que são os gastos com os altetas e treinadores.
Em relação a estes números não consigo encontrar explicação. Ainda pensei que Francisco Salgado Zenha tivesse somado os honorários com os gastos com pessoal, mas nem essa soma chega a valores tão elevados como os apresentados. Concluindo, o que está nesse quadro não vale nada. Está tudo errado.
Serve este ponto para mostrar a leviandade com que se tratam matérias tão sensíveis e importantes para a vida do clube e dos seus associados, sem que haja sequer uma revisão ao conteúdo.
Vamos falar então dos Orçamentos nos tempos de Bruno de Carvalho
Para se ter um termo de comparação é necessário ver o que foi feito nos anos anteriores pela antiga direcção do Sporting. De seguida deixo a informação.
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Rubrica "Honoráriros" - Dados relatórios e contas |
Neste gráfico estão então os valores totais dos honorários, que são a rubrica pela qual vulgarmente as pessoas designam por orçamento para as modalidades. Como podem verificar, o orçamento das modalidades do Sporting no mandato de Bruno de Carvalho foi sempre em crescendo, permitindo melhorar os planteis que tantas alegrias têm dado aos Sportinguistas. E aqui é importante dizer que uma parte substancial deste mérito foi dos Sportinguistas, que durante esse tempo aproximaram-se do Sporting tornando-se sócios.
Para que não restem dúvidas, deixo-vos com a comparação entre os valores recebidos de quotização e os orçamentos para as modalidades.
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Dados relatórios e contas |
Como podem verificar, o montante recebido de quotizações foi sempre maior do que o montante do orçamento das modalidades do Sporting. Quando se fala em sustentabilidade das modalidades este é um belíssimo exemplo.
A gestão de Frederico Varandas
Francisco Salgado Zenha diz no artigo que o Sporting estima que o exercício 18/19 - que acaba daqui a dois dias - terá um montante total de quotização de 8.468.159,00 €. Este valor já é publico.
Ficou a faltar conhecermos publicamente o valor estimado dos honorários, uma vez que nem Sporting, nem Presidente Varandas, nem Francisco Salgado Zenha tornaram a informação pública. Não divulgam eles, divulgo eu. Os honorários estimados para 18/19 que serão apresentados na proposta de Orçamento de 2019/2020 são de 10.330.976,00€. Assim sendo, se fizermos uma comparação entre as quotizações e os honorários estimados pelo Conselho Directivo para 18/19, temos algo deste género.
Isto é o mesmo que dizer que pela primeira vez após a passagem da totalidade das quotizações da SAD para o clube, o orçamento das modalidades foi superior ao montante das quotizações. E não falamos de uma diferença pequena. Falamos de 1.862.817,00€.
Mas vamos agora ao mais relevante que é aquilo que também tem dado muito que falar.
Mas vamos agora ao mais relevante que é aquilo que também tem dado muito que falar.
3 Milhões de cortes nas modalidades actuais - Verdade ou Mentira?
Os Sportinguistas ficaram apreensivos quando no passado dia 21 de Junho o jornal Ojogo escreveu sobre cortes nas modalidades do Sporting. Uns não acreditaram e outros não quiseram acreditar, mas a realidade é só uma.
Dizia o jornal que o Presidente Varandas se preparava para apresentar um orçamento com um corte de 3M nas modalidades. O jornal avançou que será retirado meio milhão ao Andebol, meio milhão ao Futsal, meio milhão ao Hóquei em Patins, meio milhão ao Voleibol, meio milhão às outras modalidades e o ciclismo será extinto. Tudo somado davam os tais cortes de 3 milhões de euros. Sobre os montantes a cortar em cada uma das modalidades não me vou pronunciar, porque isso não consigo dizer com certeza. Só a direcção do Sporting saberá quando e onde cortou.
O que é um facto é que os cortes vão mesmo existir e são na casa dos 3M. Na época 2018/2019 que termina em dois dias, o Sporting estima que os custos com honorários serão de 10.330.976,00€, como disse em cima. Ora, mais uma vez, como o Sporting não informa, informo eu. O montante dos honorários propostos no orçamento que será apresentado e votado hoje é de 8.027.203,00€. Portanto, em 2018/2019 o Sporting gastou cerca de 10,3M em honorários e em 2019/2020 quer gastar um montante de cerca de 8M, que faz com que o orçamento seja reduzido em 2,3M de euros.
Ó mister, mas 2,3M não são 3M!?
Foi precisamente aqui que o jornal Ojogo não concluiu com clareza a sua peça. De facto as reduções nas modalidades que tivemos em 2018/2019 chegam aos 3M, só que o jornal Ojogo não subtraiu a estes 3M de cortes o orçamento da nova modalidade do Sporting, o basquetebol. Falamos de um montante entre os 700 e 800 mil euros que o próprio jornal diz que será o orçamento a nova equipa de basquetebol. Portanto, Frederico Varandas corta 3M nas modalidades que tínhamos até final desta época e acrescenta o Basquetebol investindo os tais 700 ou 800 mil euros, o que faz com que o Orçamento da época 2019/2020 seja inferior a 2,3M ao valor executado em 2018/2019.
Só para análise dos leitores, deixo também uma notícia do Jornal Abola.
Só para análise dos leitores, deixo também uma notícia do Jornal Abola.
Curiosamente, o jornal Record que sabe sempre tantas coisas do Sporting, inclusivamente recebe auditorias que deveriam ser confidenciais em primeira mão, nem sequer escreveu uma linha sobre esta matéria. Obviamente, coincidência.
Concluindo
Quando os Sportinguistas foram informados que o Basquetebol se tornaria modalidade oficial em 2019/2020, muitos foram aqueles que questionaram a possibilidade de investir já nessa modalidade. Ainda para mais quando no plano da direcção anterior estava contemplado que o Sporting só teria Basquetebol quando tivesse montantes de quotização que lhe permitissem pagar a modalidade. Foi inclusivamente traçada a meta dos 200 mil sócios para se ter condições para acolher o Basquetebol sénior masculino no seio do clube. Recordo que estamos com 182 mil sócios.
Sejamos sérios, acrescentando uma modalidade ao clube seria de esperar que o orçamento fosse aumentado. Seria, obviamente, o mais lógico. Importa recordar, que uma nova modalidade não traz só custos ao clube, tem também novas receitas. No limite, e mesmo eu não concordando com isso, até poderia dar de barato que o orçamento das modalidades se mantivesse igual, sendo a nova modalidade "financiada" por pequenos cortes em todas as outras modalidades para compensar esta nova despesa. Agora, o que foi feito não foi isto. Foi muitíssimo pior. Estamos a falar de uma decisão de cortar 3M nas outras modalidadades para acolher o Basquetebol. São 2,3M a menos do que em relação à época passada, com uma modalidade a mais. Estamos a falar de um número avassalador.
Já deu para perceber que a narrativa a passar aos sócios será o chavão do "é possível fazer mais com menos". Querem fazer passar a ideia que o Sporting tinha gorduras nas modalidades na casa dos 3M para serem cortadas. Algo que não consigo aceitar de maneira nenhuma. Vou-me repetir, mas o número é avassalador. Vou dizer devagarinho e por extenso para que as pessoas percebam: dois milhões e trezentos mil euros a menos do que na época passada e com mais uma modalidade. Absolutamente surreal. Só para termo de exemplo, 2,3M serviriam para pagarmos a 23 atletas a ganharem 100 mil euros por ano. Atletas que poderiam estar nas mais diversas modalidades do clube e a serem os elementos chaves que fazem a diferença entre o insucesso e o sucesso. Isto num clube que não chega à dezena de atletas a ganharem 100 mil euros. Julgo que por aqui conseguem perceber o que seria possível fazer com os 2,3M que foram retirados às modalidades do Sporting.
Face a tudo isto, não posso validar este orçamento. Estamos a falar de um documento onde está plasmada uma redução vergonhosa e injustificada do orçamento das modalidades, que é um verdadeiro crime contra o Sporting e que nem sequer tem justificação, até porque, mais uma vez, o Sporting acabará o exercício de 2018/2019 com lucro. É pouco lucro, é certo, mas lucro. E o Sporting não nasceu para dar lucro, mas para ganhar títulos, e indiscutivelmente quem tem mais recursos está sempre mais próximo de vencer. Podem dar as voltas que quiserem.
Infelizmente não poderei estar presente na Assembleia Geral, mas o meu sentido de voto seria evidente. Orçamento chumbado por ir precisamente no sentido oposto daquilo que defendo para o clube.
Os sócios são hoje chamados a se pronunciarem. Se o caminho que pretendem seguir é o do desinvestimento, votem a favor deste orçamento. Fechem modalidades, acabem com o ciclismo, cortem o orçamento em secções que têm tantas dificuldades, mas que dão tanto ao Sporting, como acontece nas modalidades paralimpicas, mandem embora o Nélson Évora e o João Monteiro, deixem de inscrever equipas nas competições europeias e por ai fora. Os sócios é que mandam e como sempre, respeitarei a decisão de quem manda no clube.
Têm a palavra os sócios.
PS: As dificuldades em encontrar informação para dar estes esclarecimentos aos sócios foram muitas e só ontem consegui ter a confirmação de alguns valores, razão pela qual o post saiu tão tarde. Fica feita esta nota. Ainda relativamente aos números apresentados, se alguém tiver dúvidas em relação aos números que apresentei aqui, sugiro que levem o telemóvel para a AG e que confirmem se os dados que aqui avancei batem ou não certo com os valores que serão apresentados aos sócios na AG de mais daqui a pouco. Analisem, pensem no que é melhor para o Sporting e votem em consciência.
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