terça-feira, 30 de janeiro de 2018

"Por um Sporting sem complexos"


A primeira vitória do Sporting na Taça da Liga teve contornos muito especiais que me levam a considerar que estivemos perante algo maior do que a simples conquista de um troféu, senão vejamos:

"Jogamos como nunca, perdemos como sempre"



O Sporting realizou cinco jogos nesta competição, tendo vencido apenas um e empatado os restantes quatro. De facto o Sporting não fez grandes exibições durante a prova. Na fase de grupos foram utilizados jogadores menos rodados, mas sempre com o foco no objectivo. Na final 4 também não demos espectáculo mas tivemos o foco na conquista do objectivo e conseguimos superar as dificuldades. Durante anos "jogamos como nunca, perdemos como sempre". O estigma parece ter caído.

Os desempates por grandes penalidades


A primeira final da Taça da Liga realizou-se em 2008 entre o Sporting e o Vitória de Setúbal. Na altura o sadinos venceram no desempate da marcação de grandes penalidades, depois de 0-0 no tempo regulamentar. Dez anos depois a "vingança" leonina foi servida da mesma forma. 


Mais um "complexo" que foi ao ar.

"Foi o Edinho que os fodeu"



Estão por certo recordados dos cânticos de Edinho e dos companheiros de equipa no final da partida que garantiu a qualificação do Setúbal para a Final 4 da época passada. Na altura, o mergulho de Edinho serviu de pretexto para Rui Oliveira assinalar pontapé de penalti. No final da partida, os protagonistas deram esta explicação:


Na final deste ano, Edinho mostrou mais uma vez de que "massa" é feito ao exibir o número 36 da sua camisola depois de converter o pontapé de penálti.


Temos pena, mas este ano foi o "William que os fodeu".

A importância do VAR


Depois de em 2008 termos perdido a primeira final da Taça da Liga frente ao Vitória de Setúbal, regressamos no ano seguinte para defrontar o Benfica. No minuto 73, e numa altura em que o Sporting vencia por 1-0, Lucílio Baptista conseguiu ver algo que mais ninguém viu e assinalou penálti a favor do Benfica.


Nove anos depois e na mesma altura do jogo (75´) um jogador do Vitória de Setúbal defende um cabeceamento de Bas Dost. Nem o árbitro nem os seus auxiliares conseguem ver a situação. De facto temos um conjunto de árbitros com características especiais no apitadeiro nacional. Temos aqueles que conseguem ver o que ninguém vê como Lucílio Baptista e outros lado que não conseguem ver o que toda a gente vê. Felizmente, a luta levada a cabo pelo Sporting pela introdução das novas tecnologias deu frutos. Sem esta alteração no futebol, a taça poderia estar neste momento no museu do Vitória de Setúbal. Com VAR o "serviço" ficou mais difícil.

Karma


Incrivelmente, Rui Costa não expulsou Tomás Podstawski depois da sua enorme defesa com a mão esquerda. Não foi expulso, por isso foi um dos marcadores no desempate por penáltis. E não é que este foi o único jogador a falhar uma grande penalidade. Curiosamente, estamos a falar de um jogador formado nas escolas do Porto e que esta época se transferiu em definitivo para o Vitória de Setúbal. Há coisas incríveis não há?

"A santa aliança"


Há coisa de dois meses, Luís "Nhaga" Vieira anunciou ao mundo que da aliança entre Sporting e Porto, o Sporting sairia a perder e que não "iria ganhar nada".


O que é certo é que o Sporting eliminou o Porto na meia-final e acabou mesmo por conquistar o troféu, apesar das missas em honra a Luís Filipe Vieira. Mais um estigma que caiu por terra.

Na bouça do agricultor


Como se tudo isto não fosse já suficiente, ainda conseguimos colocar a cereja no topo do bolo ao vencermos a competição no campo de batatas de António Lavrador, perdão, Salvador.


Mas foi giro ver os adeptos do Benfica B a apoiarem o Vitória de Setúbal durante a final. 


"Por um Sporting sem complexos"


Foi este o mote da primeira campanha de Bruno de Carvalho à presidência do Sporting e depois de quase 5 anos de mandato, os complexos leoninos lá vão caindo um por um. Já não somos o clube que caminhava rumo à falência. Já não somos o clube que não tinha dinheiro para investir no seu plantel, agora até dizem que temos petróleo em Alvalade. Já não somos o clube que ia acabar com as modalidades, pelo contrário até caminhamos em sentido contrário, contando já com 55 modalidades. Já não somos o clube sem pavilhão para as modalidades. Já não somos o clube com um dos piores relvados da Liga. Já não somos o clube que era apelidado por "simpático" por Benfiquistas e Portistas, agora estamos na luta taco a taco. Já não somos o clube que não levantava a voz para defender os seus interesses. E por ai fora. Este Sporting não tem medo, não se verga perante as contrariedades, não se esconde de assumir a sua grandeza e sobretudo não tem medo de ir à luta.

Nesta fase, quer os Sportinguistas quer os rivais já perceberam que o clube segue no rumo certo, mas falta derrubar o grande muro. O título de campeão nacional tem de regressar a Alvalade rapidamente, mas para isso acontecer os Sportinguistas têm de perceber que são parte decisiva nessa luta, e temos todos de estar definitivamente ao lado do clube, trazendo novos sócios, defendendo o Sporting em todo o lado, apoiando nas vitórias e nos desaires, sempre pensando nos superiores interesses do nosso clube. Sempre com máxima exigência e compromisso. Só assim, com uma união feita de aço é que conseguiremos os nossos objectivos.

Vamos para cima deles! 

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